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Lado Rural

Safra 2023/24 em MS terá perda superior a 4 milhões de toneladas, calcula Conab

Maiores perdas se darão na produção de soja, o principal grão nos campos sul-mato-grossenses

Por José Roberto dos Santos | 13/03/2024 15:40
Colheitadeira avança sobre campo de soja em Mato Grosso do Sul; colheita chegou a 2,9 milhões de hectares em 8 de março. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Colheitadeira avança sobre campo de soja em Mato Grosso do Sul; colheita chegou a 2,9 milhões de hectares em 8 de março. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) corrigiu para baixo a previsão da safra de grãos de Mato Grosso do Sul, neste ciclo 2023-2024. Segundo a companhia, o Estado terá uma produção de 24 milhões de toneladas, 14,4% menor em relação à safra passada quando a colheita chegou a 27,8 milhões de toneladas de grãos. Os números fazem parte do 6º levantamento da safra, divulgado nesta terça-feira, 12.

Os índices de perdas na produção de Mato Grosso do Sul equiparam-se às ocorridas no estado de Goiás. Ambos os estados são superados em prejuízos pelo Mato Grosso, que perderá 15,6% de sua produção total, segundo a Conab.

No levantamento anterior, a previsão era de que o MS teria perdas de 10,4% na produção. A maior queda está justamente na cultura da soja, embora o milho segunda safra também registrará perda de produção. De acordo com a Conab, o Estado terá uma produção 9,9% menor, caindo de 14 milhões de toneladas para 12,6 milhões no atual ciclo da soja.

A perda é debitada às más condições  climáticas (estiagem e fortes temperaturas) que derrubaram a produtividade da oleaginosa de 3.723 quilos por hectare para 3.165 kg/ha.

Avanço da colheita da soja em MS

Na data de 8 de março, a área colhida de soja acompanhada pelo Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) alcançou 68,5%. A região sul está com a colheita mais avançada, com média de 73,7%, enquanto a região norte está com 60,1% e a região centro com 59,5% de média. A área colhida até o momento é de aproximadamente 2,921 milhões de hectares.

A porcentagem de área colhida na safra 2023/2024 encontra-se superior em 14,5 pontos percentuais em relação à safra 2022/2023, para a data de 8 de março. Os números são do Boletim Casa Rural, do sistema Famasul, publicados na data de12 de março.

O levantamento da Conab inclui a cultura dos seguintes grãos: caroço de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), gergelim, girassol, mamona, milho (1ª, 2ª e 3ª safras), soja, sorgo, trigo e triticale

Produção nacional em declínio

A produção brasileira de grãos na safra 2023/24 deverá atingir 295,6 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 7,6% no resultado obtido no ciclo anterior, ou seja, 24,2 milhões de toneladas a menos a serem colhidas. As informações estão no 6º Levantamento divulgado, nesta terça-feira (12), pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A queda é reflexo, principalmente, da redução em torno de 7,1% na produtividade média esperada, que sai de 4.072 quilos por hectare para 3.784 kg/ha.

Segundo nota técnica emitida pela Conab, desde o início da presente safra até meados de dezembro, as condições climáticas foram variáveis e desfavoráveis nas principais regiões produtoras. Essas instabilidades climáticas provocaram perdas significativas na produtividade das culturas, sobretudo na da soja, principal produto cultivado no período. A área cultivada também deve ser diminuída, mas em um percentual menor em torno de 0,5%, projetada em 78,1 milhões de hectares.

Com uma colheita que atingiu, no início de março, 47,9% da área semeada, a soja pode registrar uma produção de 146,9 milhões de toneladas, redução de 5% sobre a safra anterior. De acordo com o documento, a queda verificada se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras. No entanto, em locais em que o grão foi semeado mais tardiamente as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.

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