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Economia

Riedel discute com ministério medidas para auxiliar setor agrícola em MS

Estimativa é que MS tenha queda de até 40% na receita da soja e socorro deve ser anunciado em até 15 dias

Por Silvia Frias | 06/03/2024 11:16
Reunião realizada hoje entre governo estadual e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (Foto/Divulgação)
Reunião realizada hoje entre governo estadual e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (Foto/Divulgação)

Com perdas no setor agropecuário em Mato Grosso do Sul, que podem chegar a 40% da receita da soja, por exemplo, o governo estadual discutiu com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, alternativas para ajudar o setor. A expectativa da União é anunciar as ações em prazo de 15 dias, antes do fim da colheita da safra de grãos.

Em MS, segundo dados do governo estadual, foram cultivados cerca de 4,2 milhões de hectares de soja, com estimativa de produção é de 54 sacas por hectares. No entanto com a alta nos custos de produção e a estiagem, muitos agricultores estão colhendo menos que o previsto.

Entre as medidas, a prorrogação de parcelas de investimentos com vencimento em 2024 e a disponibilização de linha de capital de giro em dólar via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,) com carência de dois anos e prazo de três anos para pagamento.

A equipe econômica também tenta destrinchar as parcelas de investimentos contratadas com recursos equalizados que vencem neste ano — a maioria no segundo semestre — que somam R$ 28,1 bilhões, montante total que estaria passível de prorrogação.

Governador de MS, Eduardo Riedel e representantes do setor agropecuário (Foto/Divulgação)
Governador de MS, Eduardo Riedel e representantes do setor agropecuário (Foto/Divulgação)

Antecipação - Na reunião que contou com a participação além do governador Riedel, do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, o presidente da Aprosoja MS, Jorge Michelc, e o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, André Dobashi, o ministro esclareceu que o governo federal vai anunciar as medidas de apoio financeiro ao setor rural nos próximos dias.

A meta segundo ele é antever a “crise iminente” no campo e anunciar ações de ajuda aos produtores antes do fim da colheita da soja. A intenção é evitar agir apenas depois que se instale um ambiente de endividamento e de seus efeitos colaterais. O ministro também já considera que a segunda safra de milho será menor que o projetado inicialmente.

Uma das propostas discutidas é jogar a parcela de investimento deste ano para o fim do contrato ou redistribuí-la nas prestações restantes, com a manutenção das condições iniciais de juros.

O secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta avaliou as medidas como positivas. “É uma forma de minimizar as perdas que os produtores já estão vivendo com a safra de soja, que está perto dos 60% concluída no Estado”, pontuou lembrando que a estimativa é que sejam colhidas 12,5 milhões de toneladas de soja neste ano, abaixo dos 15 milhões de toneladas do ano passado.

Eduardo Riedel diz que o governo está atento às ações. “Neste momento é importante que a nossa bancada federal está presente e atuando nessa discussão, assim como a nossa bancada estadual na Assembleia Legislativa. Parlamentares participando diretamente para que a busquemos soluções para esse difícil momento”.

Segundo o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, a entidade, juntamente com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), busca opções para minimizar os prejuízos financeiros causados ao produtor rural. "Este alinhamento entre o setor produtivo, o governo do estado e o Mapa é fundamental para chegarmos a uma solução diante da situação.”

O senador Nelsinho Trad (PSD) também participou da discussão,.  “Mesmo com os custos operacionais um pouco menores, a redução mais acentuada nos preços de venda compromete a margem de lucro e afeta a capacidade de pagamento dos produtores rurais. Essa discrepância entre a receita e os custos de produção cria dificuldades financeiras para os agricultores, gerando impactos não apenas em suas operações, mas também na economia regional como um todo”, explicou.

Matéria editada às 14h53 para acréscimo de informação.

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