Marque aqui os pontos de alagamento pela Capital
A ideia é o próprio leitor mapear os pontos de alagamento como rotatória, avenidas e até a própria casa
Bastou 1h de chuva para que as ruas da Capital virassem rios, casas alagassem, carro ficasse debaixo d'água e portão fosse arrastado. O Campo Grande News resolveu mapear os principais pontos de alagamentos na cidade e pede a sua ajuda. Se você também é pego de surpresa a cada temporal, clique em "enviar relato" no mapa, conte sua história, anexe uma foto e indique as regiões onde o problema é crônico em Campo Grande:
casa.
Para se ter uma noção, na região do Bairro Aero Rancho, só ontem choveu 52 milímetros, segundo o meteorologista Natálio Abrahão, em outros pontos foram registrados 39 milímetros.
No residencial Guaicurus 1 e 2, na Avenida Guaicurus, no Jardim Monumento, a água chegou com tudo. Contador, Robson Nagamini Araújo, de 31 anos, mora com a esposa e o filho de seis meses na casa número 8.
Quando a chuva começou, eles não estavam em casa, mas logo os vídeos do alagamento no residencial chegaram no grupo de WhatsApp do condomínio. "Graças a Deus não estávamos aqui, porque com um bebê seria pior, mas a decepção e a tristeza foi quando chegamos. Difícil de ver tudo o que construímos sendo destruído, não pela força da natureza que ela não tem culpa, mas pela irresponsabilidade de terceiros", desabafa.
Robson limpando os móveis e a casa após enxurrada. (Foto: Marcos Maluf)
A enchente na região é comum e os estragos infelizmente também. "Eles fazem um serviço paliativo e não resolve o problema, o que é bem complicado", diz o morador sobre a construtora.
Nas contas da família de Robson, a água estragou notebook, máquina de lavar, banco, sofá, cama, cobertores, roupas, até o berço do bebê. "Pagamos R$ 900,00 ao mês na nossa casa, não sabíamos do problema quando mudamos, até porque se soubéssemos, não teríamos comprado", diz.
A força da água desce a Avenida Guaicurus e chega nas casas do residencial por falta de escoamento. Barbeiro, Kelvis Jara, de 28 anos mora com a esposa, Vanessa Matos, de 24 anos, há 10 meses no residencial 1. Esta foi a primeira vez que eles viram a casa ficar alagada.
"O portão estourou e a água entrou aqui, foi questão de 3 minutos. Só deu tempo de tirar o carro e a água entrou com tudo dentro de casa. Pegamos minha bolsa, o gato e o cachorro e fomos lá pra cima", descreve Vanessa.
No Residencial Guaicurus, dia seguinte é de marcas da altura em que água chegou e muita sujeira. (Foto: Marcos Maluf)
O casal conta que também não sabia dos alagamentos e prejuízos enfrentados pelos moradores. "Não tem condições de morar aqui não, qualquer chuva que der, vamos ficar com medo. Isso é uma coisa que você não esquece", completa a mulher.
Os dois perderam roupas, móveis, máquina de lavar, geladeira, álbum de formatura, documentos e até as compras do mês.
"A gente vai se mudar, não quero mais ficar aqui não. Vou ficar um tempo na minha mãe, porque pelo que o pessoal falou, a construtora não está ligando muito. A gente queria vender, mas agora vai ficar difícil de alguém querer comprar uma casa aqui", relata.
Um dos principais pontos que sempre alagam na cidade: rotatória da Rachid Neder. (Foto: Tamiris Cuellar/Direto das Ruas)
Ajude-nos a mostrar para os campo-grandenses e também para o poder público onde alaga, em quanto tempo de chuva e todo o prejuízo que a enxurrada traz. Basta clicar em "Enviar relato" no nosso mapa interativo, deixe seu endereço, um resumo de quando começou a chover e principalmente, o que a água estragou e principalmente, fotos de toda a situação.