A passo lento, estação da chuva abre reversão de seca histórica no rio Paraguai
Em Ladário, começou a estabilização do processo de vazante, que seguia em ritmo de 13 centímetros por semana
O Rio Paraguai, principal curso de água do Pantanal, começou a responder à chegada das chuvas e as cotas começaram a apresentar tendência de estabilização neste 2020, ano de seca histórica, com menor nível em cinco décadas.
Boletim do Serviço Geológico do Brasil aponta tendência de estabilização, sinalizando o fim do processo de seca. O documento destaca que o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência e recomendou uso racional da água.
No Estado, rios estão apresentando cotas entre as mínimas, mas pela primeira vez, com tendência de estabilização.
Em Ladário, começou a estabilização do processo de vazante, que seguia em um ritmo de 13 centímetros por semana. No entanto, a situação ainda é preocupante porque levará algumas semanas a depender das chuvas para que os rios recuperem patamares normais.
As previsões de níveis indicam tendência de estabilização das cotas, demonstrando uma resposta ao início da estação chuvosa, porém os rios na calha do rio Paraguai levarão tempo para se recuperarem, haja vista serem rios de resposta lenta, principalmente os que percorrem o Mato Grosso do Sul”, afirma o pesquisador em geociências do Serviço Geológico do Brasil, Marcus Suassuna. A estação chuvosa deve se intensificar no começo de novembro.
O Rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis (Mato Grosso) e segue na direção sul, percorrendo o limite entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, adentrando no Pantanal, na região de Cáceres, por onde segue até deixar o Brasil para o Paraguai.