Após 5 dias, incêndio destrói área de reserva e ainda é preocupante no Pantanal
Reserva Cisalpina foi praticamente toda atingida pelo fogo e bombeiros ainda combatem em outras regiões de MS
Bombeiros continuam trabalhando hoje (22), em diversos focos de incêndio do Pantanal até a região leste de Mato Grosso do Sul. Em Brasilândia, com 3,8 mil hectares, a Reserva Cisalpina foi praticamente toda atingida pelo fogo, que começou na terça-feira (17), mas ainda não foi levantada a área total incendiada, segundo o Corpo de Bombeiros.
Por lá, o incêndio foi controlado, mas bombeiros permanecem no local, porque a baixa umidade do ar e o calor provocado pelo próprio incêndio podem fazer surgir novos focos. O vídeo divulgado pelo Corpo e Bombeiros mostra o estado da reserva.
A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Cisalpina fica na divisa com São Paulo, a 355 quilômetros de Campo Grande. O 5º Grupamento de Bombeiros Militar está analisando imagens de satélite para obter informações sobre a área total atingida.
De acordo com os bombeiros, o fogo, que começou na reserva, atravessou a BR-158, atingindo também áreas de fazendas da região. A fumaça é tanta que chega às cidades da região. Bombeiros de Bataguassu também trabalham no local.
Em Porto Murtinho, a 431 quilômetros da Capital, diversos focos permanecem na região da Serra da Bodoquena. Hoje, os bombeiros recebem reforço de dois aviões Air Tractor próprios para combate a incêndios. As aeronaves são de empresa contratada pelo Governo do Estado.
Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham nas regiões das fazendas Lucelo Porã e Serradinho, além da região do Quebracho, segundo o Capitão do Corpo de Bombeiros José Felix.
“Chegou em um momento em que estamos com cinco equipes, somado o reforço de Campo Grande, Dourados e Aquidauana. São 39 bombeiros atuando diretamente, sendo uma quantidade mínima no gerenciamento e os demais em campo”, detalha o Capitão.
Foi controlado o incêndio no Porto Geral, em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, segundo o Corpo de Bombeiros. No entanto, o fogo permanece em, pelo menos, quatro áreas do Paraguai-Mirim, próximo à Serra do Amolar, e do Carandazal.
De acordo com a Coronel Tatiane Inoue, hoje, a equipe de combate está recebendo 36 militares para troca dos que estão em combate. “Vamos totalizar 40 militares, mais 61 do grupamento nas atividades de combate”, detalhou.