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Meio Ambiente

Área de 11 mil m² será desmatada para construção de prédio

Mariana Castelar | 09/06/2016 18:00
Desmatamento ficará paralisado até a próxima terça-feira quando haverá reunião em assembleia (Foto: Reprodução Facebook)
Desmatamento ficará paralisado até a próxima terça-feira quando haverá reunião em assembleia (Foto: Reprodução Facebook)

Uma área de 11 mil metros quadrados, ao lado da Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes, está sendo desmatada para a construção da sede própria da PGE (Procuradoria Geral do Estado). A área total de construção é de pouco mais de 20 mil metros quadrados e ainda não há previsão de começo ou término da obra.

De acordo com o governo do Estado, a construção da sede é necessária pois atualmente não há um prédio que abrigue todo o efetivo da PGE. O novo endereço vai unificar o órgão, que precisa alugar espaços para alojar alguns setores, gerando economia aos cofres públicos, segundo informações da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

Segundo informações apuradas pelo Campo Grande News, os setores locados ficam localizados no Centro da cidade e o prédio da PGE é divido com a Secretaria da Fazenda, no Parque dos Poderes.

Nesta semana, os deputados Paulo Corrêa (PR) e Amarildo Cruz (PT) pediram explicações para o Governo Estadual sobre o desmatamento e formularam um documento solicitando esclarecimentos sobre a obra. Eles querem entender quais danos ambientais serão causados.

Segundo o deputado Amarildo Cruz (PT),  é preciso entender por qual motivo aquele espaço foi escolhido, já que lá é uma das maiores áreas nativas do Parque. “Aquela área já teve interesse da Universidade Federal e de vários órgãos públicos, mas sempre foi preservada por ser a entrada do Parque dos Poderes”.

O governo do Estado, por meio da Agesul, justifica que a "supressão vegetal" ou seja, o desmatamento, é realizado na menor área possível. Além disso, afirma em nota, que a atividade foi precedida e cercada de todo o embasamento legal ambiental, como norma de procedimento da atual gestão da SEINFRA e da própria PGE.

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) expediu autorização ambiental para o desmatamento da área, conforme documento apresentado pelo governo. "A comunidade desde já, pode ser tranquilizada a respeito do fato, que, de resto, está sendo acompanhado de perto pela Unidade de Meio Ambiente/UMAM da AGESUL/SEINFRA".

Na próxima terça-feira (14), representantes da PGE e da Secretaria de Obras irão na Assembleia Legislativa esclarecer sobre a construção.

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