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Meio Ambiente

Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital

Foram três as que adoeceram e precisaram ser retiradas das avenidas Afonso Pena e Mato Grosso

Por Cassia Modena | 29/03/2025 10:29
Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital
O que restou de uma das figueiras que adoeceram e foram removidas da Avenida Mato Grosso (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Novas árvores fecharão janelas que acabaram se formando nos corredores de sombras que as figueiras centenárias fazem na Avenida Mato Grosso e na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

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Novas árvores substituirão figueiras centenárias removidas nas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena, em Campo Grande, após adoecerem. As substitutas, já disponíveis, têm mais de 3 metros e serão plantadas após a retirada das raízes antigas. Desde 2017, as figueiras recebem tratamento contra a mosca-branca, que suga sua seiva. O óleo de Neem é aplicado anualmente para proteger as árvores. As figueiras, trazidas da Índia nos anos 1920, têm vida útil reduzida devido ao estresse urbano. O monitoramento contínuo visa evitar quedas, como as das três já removidas.

Entre o ano passado e este, três delas tiveram que ser removidas porque adoeceram: duas na Mato Grosso e uma na Afonso Pena.

Elas serão substituídas por novas da mesma espécie, segundo Orsival Simões Junior, o chefe do setor de Arborização da Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável).

Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital
Outra figueira cortada na Avenida Mato Grosso (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

"Já estão disponíveis nos viveiros. São árvores que têm mais de 3 metros de altura", disse. As substitutas têm tamanho e condições de serem replantadas no mesmo local onde as três foram removidas. Só que ainda falta escavar a terra e retirar todas as raízes restantes das árvores removidas. A espécie é conhecida pelo enraizamento profundo.

A Semades ainda não tem previsão da data em que o replantio será feito. A expectativa é que seja numa data temática como o Dia da Árvore.

Saúde das figueiras - Simões Junior explicou que as figueiras começaram a receber tratamento especial em 2017, quando técnicos identificaram que a mosca-branca estava ameaçando sua saúde.

Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital
Moscas-brancas em folha: elas parecem inofensivas, mas não são (Foto: Sebastião Araújo/Divulgação/Embrapa)

"O inseto vai sugando a seiva da árvore, vai secando as folhas e a árvore chega à senescência, chega a morrer", explica.

A estratégia tem sido pulverizar óleo de Neem nas majestosas árvores. Esse produto é comprado pela prefeitura e aplicado por técnicos da Semades. O trabalho é coordenado pelo biólogo e arborista certificado pela International Society of Arboriculture (ISA), Gustavo Henrique Garcia, da Tree Way Arboricultura, de São Paulo.

Uma aplicação é feita por ano, em média, na época de seca. Uma foi feita neste mês excepcionalmente, quando houve intervalo entre as chuvas, porque a do ano passado atrasou.

Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital
Pulverização de óleo de Neem nas árvores da Mato Grosso (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

O óleo de Neem é um produto concentrado, orgânico que é misturado à água para pulverização. São usados cerca de três baldes por sessão.

Análise recente em laboratório mostrou que o solo está fértil e que o tratamento está surtindo efeito, de acordo com o chefe da Arborização.

Quanto vão viver? - As figueiras de Campo Grande foram trazidas da Índia e plantadas na década de 1920 pelo primeiro juiz e ex-prefeito, Arlindo de Andrade Gomes.

Orsival Simões Junior afirma que não se sabe por quanto tempo mais as centenárias vão viver.

Árvores de 3 metros tomarão lugar dos tocos que restaram em avenidas da Capital
Janelas no corredorverde da Mato Grosso (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

"Depende de qual é o habitat. Se ela tiver no habitat natural dela, ela vive 200 anos. Aqui com esse estresse urbano, podas, estrangulamento de raiz, veículos, poluição e um monte de coisas, a vida útil dessas árvores diminui bastante. É igual ao ser humano: se você leva uma vida regrada, você chega aos 80, 100 anos. Agora, se você leva uma vida completamente desregrada, vive menos", detalha.

O risco de queda é monitorado por auditores da Semades nos dois canteiros e no restante da cidade. Foram eles que apontaram a necessidade de remoção nas três centenárias, que já não tinham chance de recuperação.

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