Bombeiros e brigadistas tentam controlar fogo no Pantanal há três dias
Focos alcançam corredores de biodiversidade importantes no bioma e esperança é que chuva chegue na região
Desde a última sexta-feira (15), militares do Corpo de Bombeiros de Corumbá, brigadistas do Prev Fogo, do ICMBio-Parque Nacional do Pantanal e Alto Pantanal estão combatendo um novo incêndio que atinge o bioma.
Com a onda de calor dos últimos dias, os focos se espalharam e várias frentes foram a campo para evitar a propagação dos focos. Alguns focos perto da Barra do São Lourenço foram combatidos e extintos pela Brigada do ICMBio-Parque Nacional do Pantanal mato-grossense.
Já a equipe da Brigada Alto Pantanal, mantida pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), está mobilizada por conta de uma nova linha de fogo que surgiu na região da Serra do Amolar. Os focos vinham sendo monitorados desde a semana passada, mas estavam muito longe da margem do Rio Paraguai.
Nesta semana, as chamas começaram a se aproximar da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Reserva Natural Engenheiro Eliezer Batista. “Com o calor excessivo na região e volume de chuva reduzido para o período, as condições estão favoráveis para incêndios. Ações de combate vão ser realizadas ao longo de toda esta semana. A Sala de Situação do Imasul aponta para níveis de precipitação de 25 mm agora em dezembro, quando a média histórica era de mais de 110 mm”, afirmou o grupo de brigadistas por meio de nota nas redes sociais.
A equipe do PrevFogo de Corumbá está atuando na região da RPPN Fazenda Santa Sofia. Muito material combustível tem colaborado para dificultar a extinção dos focos. A região é conhecia por ser um importante corredor de biodiversidade, refúgio para a fauna pantaneira. Até o momento, nenhum animal foi encontrado morto. Também há registros de incêndios no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.
Ao todo, o BDQueimadas, sistema de monitoramento via satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), afirma que existem 59 focos ativos nesta segunda-feira (18) no bioma. Sem a chuva, as chamas estão aumentando e se aproximam de mais áreas de conservação como a RPPN Santa Cecília II.
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