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Meio Ambiente

Catadores de recicláveis poderão ter renda extra com o título “Recicla+MS”

Além do dinheiro com a venda das embalagens, os trabalhadores poderão vender os certificados de reciclagem

Natália Olliver | 17/01/2023 13:52
O Recicla+MS terá um título que permitirá renda extra aos catadores de reciclado no Estado (Foto: Semadesc)
O Recicla+MS terá um título que permitirá renda extra aos catadores de reciclado no Estado (Foto: Semadesc)

Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel assinou nesta terça-feira (17) o decreto 16.089 que cria o título “Recicla+MS”, para instituição de um crédito de reciclagem, com valor real, que poderá ser usado na comercialização das embalagens entre recicladores e entidades gestoras.

Agora, além do dinheiro que os catadores conseguem com a venda das embalagens, eles podem conseguir uma renda extra com a venda dos certificados de reciclagem, uma vez que o documento comprobatório pode ser usado pelas entidades para fazerem a compensação no SisrevMS (Sistema de Logística Reversa), quanto ao volume recolhido e destinado à reciclagem.

O decreto substitui o Estadual, número 15.340, editado em dezembro de 2019, que definiu as diretrizes para implantação e implementação da Logística Reversa de embalagens em geral no Estado. A mudança alinha a diretriz estadual à Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“O nosso Plano de Governo traz os pilares de construirmos uma administração próspera, digital, verde e inclusiva em todas as áreas, queremos uma transversalidade de ações e iniciativas inovadoras como essa reforçam nosso compromisso ao atender o setor de produção, que é a indústria, trazendo mais prosperidade, também gera renda, o que contribui diretamente para a inclusão de quem mais precisa e é uma ação totalmente verde, pois irá contribuir diretamente com o incentivo à reciclagem e a preservação do meio ambiente”, disse Eduardo Riedel.

Para o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, a ação tem surtido efeito. “Tivemos um início promissor, tanto que em apenas dois ciclos de avaliação (2019 e 2020) Mato Grosso do Sul se tornou referência nacional no setor, após comprovar que quase 50 mil toneladas de embalagens colocadas no mercado interno retornaram ao ciclo produtivo através da logística reversa”, pontuou.

Conforme o titular da pasta, o título resolve o problema da indústria, uma vez que é preciso comprovar a quantidade do material à reciclagem destinados ao mercado interno. "Ele amplia a remuneração do agente de reciclagem, que são os catadores, geralmente reunidos em cooperativas. Eles já vêm fazendo esse serviço de retornar à indústria parte significativa das embalagens, como é o caso das latinhas de alumínio que são praticamente todas recicladas", finalizou.

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