Pesquisa com capivaras de MS entra em estudo global contra atropelamentos
Material auxilia no planejamento de vias mais seguras para animais e pessoas
Pesquisa sobre atropelamento de capivaras em Mato Grosso do Sul integra o estudo “Dados globais de atropelamentos: um conjunto de dados sobre a mortalidade de vertebrados terrestres causada por colisão com veículos”, publicado na Nature, prestigiada revista científica.
RESUMO
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Pesquisa sobre atropelamento de capivaras em Mato Grosso do Sul foi incluída em estudo global publicado na revista científica Nature. O levantamento mundial reúne mais de 208 mil registros de atropelamentos de vertebrados terrestres em 54 países, com dados coletados entre 1971 e 2024. O estudo local, desenvolvido pela bióloga Ana Carolina França Balbino da Silva, analisou dados de 2008 a 2020. A pesquisadora destaca que as informações compiladas podem contribuir para o planejamento de rodovias mais seguras e criação de políticas de conservação, beneficiando tanto a fauna quanto os seres humanos.
O levantamento inclui 208.570 registros de atropelamentos de vertebrados terrestres de 54 países em seis continentes, abrangendo dados coletados entre 1971 a 2024.
“É um compilado de vários estudos no mundo inteiro sobre atropelamento de fauna. Um desses estudos é o que eu desenvolvi em Mato Grosso do Sul com as capivaras”, afirma a bióloga Ana Carolina França Balbino da Silva, mestre em Ecologia e Conservação.
A pesquisa sobre os roedores foi realizada entre 2018 e 2020, mas utilizando dados de um período de 12 anos: de 2008 a 2020.
“Publicar em um periódico da Nature é um reconhecimento incrível. Mas o que mais me emociona é saber que esse datapaper não é só um conjunto de números. Ele revela padrões do atropelamento de fauna no mundo e isso pode salvar vidas, tanto animais quanto humanas. Agora qualquer pesquisador ou gestor pode usá-los para planejar rodovias mais seguras e criar políticas de conservação”, diz a pesquisadora.
Conforme o artigo, um conjunto de dados abrangente de locais de atropelamentos é essencial para avaliar os fatores que contribuem para o risco e melhorar a compreensão de seu impacto nas populações de animais selvagens e nas dimensões socioeconômicas.
Além da pesquisa desenvolvida na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) por Ana Carolina e Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos, o estudo também teve dados sobre MS do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres).
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