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Meio Ambiente

Chuva alaga casa com 12 pessoas e família pede doações

Nível da água chegou a 30 centímetros, atingindo móveis, roupas, eletrodomésticos e diversos outros produtos

Liniker Ribeiro | 08/10/2018 17:59
Roupas, panela e diversos pertences de família que boiaram no alamento (Foto: Reprodução)
Roupas, panela e diversos pertences de família que boiaram no alamento (Foto: Reprodução)

Uma família do bairro Nova Jerusalém, em Campo Grande, viveu momentos de apuro durante a madrugada desta segunda-feira (8), após a chuva que caiu sobre a cidade inundar a residência onde moram. Doze pessoas, sendo três adultos e nove crianças - uma delas com deficiência visual - dormiam no imóvel localizado na Avenida Jonas Alves de Souza, quando foram surpreendidas pela água. Todos os móveis, parte dos eletrodomésticos, roupas e cobertores, foram perdidos.

"Acordamos por volta de 1h com a água já na nossa canela", afirmou a artesã Renata Resende de Souza, de 28 anos. "Passou de trinta centímetros e, quando o dia amanheceu, ainda tinha água dentro de casa", revelou.

Ainda segundo a moradora, o colchão onde as crianças dormiam chegou a boiar. A cama de casal também ficou debaixo d'água, assim como as roupas da família. "Já não tínhamos guarda-roupas, tudo ficava guardado em caixas que a lama destruiu", revelou Renata.

A situação foi gravada pela família e o vídeo enviado para o Campo Grande News mostram a a altura do alagamento, assim como tudo o que foi perdido. Até o botijão de gás chegou a boiar. Todos os cômodos da casa ficaram inundados.

De acordo com a artesã, na casa moram seis pessoas - ela, o esposo, seus três filhos e a madrinha com outras três crianças. As outras três crianças haviam ido brincar no local e acabaram passando a noite. Os pequenos tiveram de ser levados para a casa da irmã de Renata, com a ajuda do cunhado dela.

"Foi difícil ver o desespero das crianças, ver eles chorando e com medo", revela emocionada a artesã. A preocupação agora é com a noite de hoje, uma vez que a família perdeu tudo dentro de casa. "Não temos nem coberta, se não dava para forrar o chão e dormir. Chego a estar confusa", confessou.

Ajuda - Na casa de Renata, a renda da família se concentra nos trabalhos desenvolvidos por ela e o marido, que é pintor. A casa alagada é alugada e, segundo ela, nem mesmo a proprietária do imóvel se prontificou a ajudar. "A dona da casa não deu suporte nenhum, não explicou que entrava água aqui, simplesmente falou que seria melhor a gente sair da casa".

A moradora disse ainda que já chegou a entrar com pedido na prefeitura para conseguir um imóvel, mas até agora nada. "Desde 2011 eu tento, minha filha mais velha tem deficiência visual, ou seja, tem direito, mas continuamos aguardando", relatou.

Familiares e amigos passaram o dia ajudando a família na limpeza da casa. Apesar disso, eles ainda precisam de ajuda de mantimentos e roupas, além de imóveis e demais utensílios. Caso alguém queira ajuda, pode entrar em contato com a família por meio do telefone 9.9188-4549.

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