Com 693 milhões de litros, barragem despejou água de 277 piscinas olímpicas
Paraíso particular de donos de mansões, lago para passear de jet ski virou prejuízos e transtornos
Com 693 milhões de litros de água, o rompimento da barragem do loteamento de luxo Nasa Park, no município de Jaraguari, despejou o equivalente a 277 piscinas olímpicas de forma abrupta.
De acordo com laudo técnico do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o escoamento foi de 693.455 m³ (metros cúbicos) de água. Convertido em litros, medida mais comum no cotidiano das pessoas para líquidos, o total equivale a 277 piscinas olímpicas, considerando que cada uma comporta, em média, dois milhões e quinhentos mil litros.
Na manhã de terça-feira (dia 20), o que era o paraíso particular de proprietários de mansões de veraneio, a de 30 km de Campo Grande, principalmente para passeio de jet ski, se tornou uma rotina de prejuízo e transtornos para quem mora na região ou precisa passar pela BR-163, via que faz a ligação do Sul ao Norte do Estado.
O fluxo de água impactou os municípios de Jaraguari e Campo Grande. “O laudo teve como objetivo identificar, qualificar e quantificar os danos ambientais, fornecendo uma base técnica para as medidas corretivas e punitivas subsequentes”, diz nota do Imasul.
Ainda de acordo com o documento, o colapso da barragem causou sérios danos à biodiversidade e à qualidade das águas, além de comprometer a infraestrutura da região.
"O laudo técnico também revelou que a Licença de Operação n.º 41/2014, que regulamentava os loteamentos Nasa Park I e II havia expirado, tornando as operações nessas áreas irregulares. Além disso, as barragens no Córrego Estaca estavam operando sem a licença ou autorização do órgão ambiental competente, configurando uma situação de irregularidade”.
O Imasul aplicou multa de R$ 2,5 milhões aos donos da empresa responsável pelo loteamento. Os proprietários deverão regularizar os barramentos existentes, apresentar um laudo técnico sobre as causas do rompimento e implementar o Prada (Programa de Recuperação das Áreas Degradadas).
Além disso, será necessário monitorar continuamente a qualidade das águas e do solo afetados para garantir a recuperação dos ecossistemas.
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