Com máximas históricas, estiagem fez de julho o mês mais seco do ano
Capital segue sem registro de chuvas significativas desde abril; deficit anual totaliza 435 mm
A estação automática do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) em Campo Grande informou, na tarde desta terça-feira (6), que o mês de julho deste ano teve uma precipitação acumulada de somente 6,4 milímetros. Isso representa uma queda significativa em relação à média histórica de 35,7 mm, configurando o mês como um dos mais secos dos últimos anos.
A maior chuva em 24 horas foi registrada no dia 9 de julho, com 4,6 mm. Normalmente, Campo Grande experimenta cerca de três dias com precipitação superior a 1 mm, mas neste mês foram apenas dois dias de chuva significativa.
No balanço do ano, o deficit de chuva é alarmante, totalizando 435 mm, o que representa uma falta de 54% em comparação com a média histórica.
Em termos de temperatura, o mês teve uma média de 28,8 °C, superando em 1,3°C a média histórica de 27,5°C. A maior máxima registrada foi de 34,0°C no dia 27, estabelecendo um novo recorde para o mês de julho desde a instalação da estação em 2001. O recorde anterior era de 33,5 °C, registrado em julho de 2002.
Já as mínimas também apresentaram variação, com uma média de 15,9°C, um desvio discreto de 0,6°C acima da média histórica. A menor mínima do mês foi de 9,0°C, no dia 13. A maior amplitude térmica - variação entre máximas e mínimas - ocorreu no dia 16, com uma variação de 18,3°C. Em termos de ventos, a maior rajada registrada foi de 53 km/h, durante a tarde do dia 21.
Ainda segundo o relatório, a climatologia classifica o inverno campo-grandense como atípico. "O mês de julho demonstrou um cenário climático atípico para Campo Grande, com escassez de chuvas e recordes de temperatura, destacando a necessidade de monitoramento contínuo das condições meteorológicas na região", diz o comunicado.
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