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Meio Ambiente

Com menos chuva, queimadas podem ultrapassar número de 2014

Viviane Oliveira | 09/06/2015 15:03
A imagem foi feita durante queimada na área do Porto Geral no ano passado. (Foto: Leandro Oliveira/Capital do Pantanal)
A imagem foi feita durante queimada na área do Porto Geral no ano passado. (Foto: Leandro Oliveira/Capital do Pantanal)

Com a previsão de que chova menos este ano, as queimadas na região do Pantanal podem ultrapassar os registros dos dois últimos anos. Corumbá já lidera o ranking estadual com 244 focos de incêndio, enquanto Mato Groso do Sul fica em 7º lugar entre os estados com mais queimadas, de acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Depois do maior município pantaneiro, Rio Brilhante aparece em 2º lugar com 33 focos de calor e em terceiro, Ribas do Rio Pardo com 29. Campo Grande está na lista na 21º posição com 9 focos. O período de estiagem começa em julho e vai até dezembro.

Nos dois últimos anos a cheia foi mais intensa por causa das chuvas, reduzindo assim, as queimadas no período seco e acumulando combustível natural, de acordo Alexandre Pereira, coordenador estadual do PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). "A vegetação que não foi queimada nos últimos anos serve de combustível no período seco e sem chuva a situação tende a piorar”, explica.

Para diminuir o prejuízo ao meio ambiente e a saúde humana causado pelo fogo, Alexandre diz que o PrevFogo treina equipes na prevenção e combate a incêndio em área de vegetação. No total, serão treinados 70 brigadistas, que vão atuar no município de Corumbá, Aquidauana, Miranda e em Porto Murtinho.

As equipes percorrem escolas, assentamentos e propriedades rurais fazendo palestras e campanha de prevenção. Nas aldeias indígenas, as brigadas fazem a queima controlada da mata para que não ocorra grandes incêndios florestais nesta época do ano. “A maioria dos casos que o fogo se alastrou foi por descontrole na queima controlada”, alerta.

Muito calor - Conforme a meteorologista Cátia Braga, do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos), a estabilidade continua em MS, principalmente na região do Pantanal, devido a presença de um sistema de alta pressão, que impede a formação de nuvens de chuva. “Esse sistema de alta pressão causa efeito de calor, tempo abafado e umidade relativa do ar muito baixa”, explica.

A região do pantanal vai ficar sem chuva por pelo menos dez dias, segundo a meteorologista. Apesar da nebulosidade, as temperaturas vão ficar em torno de 32ºC com umidade relativa do ar de 40%, o que dará a sensação de mais calor.

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