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Meio Ambiente

Decreto de Trump suspende parceria para combater incêndios no Brasil

Ibama em MS informou que já contratou brigadistas este ano, sem depender da colaboração

Por Cassia Modena | 11/02/2025 12:02
Decreto de Trump suspende parceria para combater incêndios no Brasil
Brigadista federal atua no combate ao fogo em área florestal brasileira (Foto: Felipe Werneck/Ibama/Arquivo)

Em mais um decreto que desafia o setor ambiental, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender a parceria que o Serviço Florestal estadunidense (USFS, na sigla em inglês) e sua USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em português) têm com o Brasil para combater incêndios.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu uma parceria com o Brasil para combater incêndios, afetando a formação de brigadistas e capacitação técnica. O decreto, válido por 90 dias, interrompe um acordo de cinco anos firmado em 2021. Em Mato Grosso do Sul, as ações de combate a incêndios não serão diretamente impactadas, segundo o Ibama, que já contratou brigadistas independentes. A parceria anteriormente ajudou a formar brigadas indígenas, essenciais para proteger terras indígenas. O Ibama aguarda aprovação orçamentária para ampliar recursos e contratações.

Segundo o Ibama (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) confirmou, hoje (11), a Casa Branca fez um comunicado por e-mail sobre o congelamento dessa e de outras assistências internacionais.

O decreto foi publicado em 20 de janeiro e valerá por 90 dias.

A formação de brigadistas e capacitação técnica dos combatentes experientes é uma das principais frentes da parceria, que foi firmada em 2021 dentro do Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Fogo. Ela teria duração ininterrupta de cinco anos, não fosse a suspensão de Trump.

Impactos a MS - Já beneficiadas pela parceria, as ações federais de combate a incêndio em Mato Grosso do Sul não serão afetadas diretamente pelo decreto, de acordo com a superintendência regional do Ibama.

Este ano já foram contratados 15 brigadistas para atuarem no pronto emprego e prevenção a incêndios em Corumbá de forma independente à parceria, ainda segundo a regional. A equipe será ampliada no Estado conforme se aproximar a época de seca, mais propícia aos incêndios.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou em entrevista à Voz do Brasil que, além da contratação de brigadas de pronto emprego para as regiões mais críticas, o órgão comprou mais sete helicópteros para reforçar a operação contra incêndios florestais no Brasil. Mais recursos e contratações dependem da aprovação do orçamento do Ibama para este ano, declarou também.

Decreto de Trump suspende parceria para combater incêndios no Brasil
Brigadistas na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução/Facebook)

Em anos anteriores, a parceria com os EUA ajudou a formar brigadas indígenas para combater incêndios em terras pertencentes aos povos originários em Mato Grosso do Sul. Os incêndios nessas áreas triplicaram em 2024, como publicou aqui o Campo Grande News.

Medidas - Segundo informou em nota a assessoria de imprensa do Ibama nacional, serão mantidas as atividades e reuniões sobre combate aos incêndios já programadas entre o órgão e outras instituições federais que têm parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Meio Ambiente).

Acrescentou ainda que "a paralisação das atividades não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil. O prejuízo envolve aspectos técnicos, em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais".

Matéria atualizada às 12h13 para adicionar informações.

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