Decreto de Trump suspende parceria para combater incêndios no Brasil
Ibama em MS informou que já contratou brigadistas este ano, sem depender da colaboração
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Em mais um decreto que desafia o setor ambiental, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender a parceria que o Serviço Florestal estadunidense (USFS, na sigla em inglês) e sua USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em português) têm com o Brasil para combater incêndios.
RESUMO
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O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu uma parceria com o Brasil para combater incêndios, afetando a formação de brigadistas e capacitação técnica. O decreto, válido por 90 dias, interrompe um acordo de cinco anos firmado em 2021. Em Mato Grosso do Sul, as ações de combate a incêndios não serão diretamente impactadas, segundo o Ibama, que já contratou brigadistas independentes. A parceria anteriormente ajudou a formar brigadas indígenas, essenciais para proteger terras indígenas. O Ibama aguarda aprovação orçamentária para ampliar recursos e contratações.
Segundo o Ibama (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) confirmou, hoje (11), a Casa Branca fez um comunicado por e-mail sobre o congelamento dessa e de outras assistências internacionais.
O decreto foi publicado em 20 de janeiro e valerá por 90 dias.
A formação de brigadistas e capacitação técnica dos combatentes experientes é uma das principais frentes da parceria, que foi firmada em 2021 dentro do Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Fogo. Ela teria duração ininterrupta de cinco anos, não fosse a suspensão de Trump.
Impactos a MS - Já beneficiadas pela parceria, as ações federais de combate a incêndio em Mato Grosso do Sul não serão afetadas diretamente pelo decreto, de acordo com a superintendência regional do Ibama.
Este ano já foram contratados 15 brigadistas para atuarem no pronto emprego e prevenção a incêndios em Corumbá de forma independente à parceria, ainda segundo a regional. A equipe será ampliada no Estado conforme se aproximar a época de seca, mais propícia aos incêndios.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou em entrevista à Voz do Brasil que, além da contratação de brigadas de pronto emprego para as regiões mais críticas, o órgão comprou mais sete helicópteros para reforçar a operação contra incêndios florestais no Brasil. Mais recursos e contratações dependem da aprovação do orçamento do Ibama para este ano, declarou também.
Em anos anteriores, a parceria com os EUA ajudou a formar brigadas indígenas para combater incêndios em terras pertencentes aos povos originários em Mato Grosso do Sul. Os incêndios nessas áreas triplicaram em 2024, como publicou aqui o Campo Grande News.
Medidas - Segundo informou em nota a assessoria de imprensa do Ibama nacional, serão mantidas as atividades e reuniões sobre combate aos incêndios já programadas entre o órgão e outras instituições federais que têm parceria com o Serviço Florestal dos Estados Unidos, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Meio Ambiente).
Acrescentou ainda que "a paralisação das atividades não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil. O prejuízo envolve aspectos técnicos, em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais".
Matéria atualizada às 12h13 para adicionar informações.
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