Para salvar o Pantanal, Riedel promete reforçar combate aos incêndios no bioma
Iniciativa quer monetizar áreas preservadas, fortalecer comunidade e ampliar brigadas
Eduardo Riedel, governador do Estado, anunciou um projeto que vai reforçar a proteção do Pantanal. A antecipação da novidade foi revelada nesta terça-feira (4), durante a abertura do ano legislativo da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Intitulado Pacto Pantanal, a iniciativa buscará reunir esforços para monetizar áreas preservadas, ampliar a educação ambiental e fortalecer comunidades tradicionais, além do reforço das brigadas de incêndio no bioma.
RESUMO
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, anunciou o projeto Pacto Pantanal, que visa proteger o bioma através da monetização de áreas preservadas, educação ambiental e fortalecimento de comunidades tradicionais. O projeto, ainda em fase de planejamento, inclui novas bases de brigadas de incêndio, comunicação integrada e resgate de animais silvestres. Em 2024, incêndios devastaram 1,6 milhão de hectares do Pantanal, agravados por seca extrema e ventos fortes. Riedel destacou a importância da sustentabilidade e do investimento para o crescimento econômico do estado.
De acordo com o chefe administrativo, haverá novas bases avançadas, comunicação integrada, resgate de animais silvestres, investimento em mobilidade, integração e saneamento básico na região.
“Estamos nos preparando para enfrentar mais um ano difícil, segundo as previsões dos especialistas - que talvez, de fato, seja um novo normal. São desafios novos, não apenas geradores de graves transtornos à sociedade e à economia, mas que colocam em risco, no médio prazo, a nossa própria existência e do nosso bioma”.
Riedel destacou que o projeto ainda está em fase de planejamento, enviado à Alems, mas ainda não passou por votação dos deputados. Ele destaca que nunca imaginou que o Estado precisaria enfrentar situações tão alarmantes como os incêndios que devastaram parte do Pantanal em 2024, superando o até então maior incêndio da história em 2020. No total, 1,6 milhão de hectares foram queimados. O número representa cerca de 18% do bioma sul-mato-grossense.
Fatores como a seca extrema, altas temperaturas e ventos fortes contribuíram para a propagação rápida das chamas, causando perdas significativas na fauna e destruição maior que a observada em anos anteriores. Os dados são do Lasa/UFRJ (Laboratório de Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
“Tivemos que enfrentar problemas gigantescos, como os grandes incêndios do Pantanal, que afetaram a vida no bioma mais preservado do país. Aliás, a experiência acumulada nesses anos de combate ao fogo nos inspirou a dar novos passos de direção ao futuro, e aqui eu cometo a inconfidência de me antecipar ao lançamento de um projeto vigoroso e definitivo para dar novos contornos à proteção do Pantanal sul-mato-grossense".
Sobre a monetização de áreas privadas, ele justifica o projeto dizendo que o Estado assiste há anos um volume importante de investimentos no âmbito e que atualmente existem cerca de 65 bilhões de reais em arrendamento, espalhados por todo o Estado.
“Como o investimento é a alavanca do crescimento, ela nos alçou ao topo do primeiro lugar no ranking dos estados brasileiros, que mais vão crescer em 2025, dados a contatos pelas projeções do bloco do Brasil. Com mais esse investimento e crescimento, estamos praticamente em regime de pleno emprego. Foram 21 mil empresas abertas nesses dois últimos anos e milhares de novos empregos gerados no Estado".
Inovação - Riedel acrescentou que o Pacto Pantanal é inovador no país e que algumas ações serão realizadas já em março deste ano, prazo final para o lançamento do projeto.
"Envolve recursos internacionais também para o Pantanal, só que a gente vai ter esse debate com a casa, porque isso, certamente, deve ser regulamentação da lei do Pantanal, que já tem avançado, e a gente tem que pensar do Pantanal como um todo, na educação, no saneamento, na infraestrutura e no pacto. É algo inédito no país, um arcabouço de proteção contra as queimadas".
O governador destacou ainda que o debate sobre sustentabilidade é cada vez mais necessário e que se tornou crucial para a história do país.
"A nossa frente repousa em berço esplêndido, a oportunidade única de uma verdadeira mudança e transição. A bordo de dois grandes temas globais, a transição energética e a nossa inequívoca vocação à produção e segurança alimentar no mundo. Esse debate nos interessa especialmente, porque já temos matrizes energéticas".
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