ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 29º

Meio Ambiente

Denúncia policial constante, em 20 dias 7 animais morreram envenenados em bairro

A pena para o crime é de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição de guarda, conforme a lei

Por Viviane Oliveira | 12/06/2024 13:31
Branca foi encontrada morta com sinais de envenenamento no quintal de casa (Foto: Direto das Ruas) 
Branca foi encontrada morta com sinais de envenenamento no quintal de casa (Foto: Direto das Ruas)

Há 19 dias, a dona de casa Jacira Antônio da Rosa, de 53 anos, tenta entender porque envenenaram Branca, cadela da raça boxer, de 1 ano, que amanheceu morta no dia 23 do mês passado, em Maracaju, distante 159 quilômetros de Campo Grande. “Ela era igual uma criança. Espero que a pessoa responsável por essa injustiça pague pelo que fez”, disse.

Branca foi o 7º animal morto, em 20 dias, no Bairro Árvore do Cerrado, por suspeita de envenenamento. A cadela amanheceu morta com saliva intensa e cocô com sangue. Os casos estão sob investigação da delegacia da cidade.

Conforme Jacira, a cadela era saudável e não perturbava ninguém. “Ela não saía daqui. O muro da minha casa é bem alto. A gente cria com tanto carinho para ver o cachorro morrer dessa forma. Espero que o suspeito pague pelo que fez para servir como exemplo”, desabafou.

Envenenar animais é um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. Conforme a delegada Gabriela Stainle, da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), se ficar claro que se trata de substância tóxica, a pessoa pode ser autuada em flagrante pelo delito de maus-tratos, quando se tratar de cão ou gato e ocorrer a morte do animal (na forma tentada ou consumada). A pena para o crime é de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição de guarda.

Ainda segundo Gabriela, a delegacia recebe com frequência denúncias de envenenamento. “Recebemos com alguma frequência, mas algumas vezes, após necropsia, é constatado que se trata de doenças do animal desconhecidas pelo tutor, ou não tem como provar a causa do óbito, porque o corpo e o alimento contendo o veneno não foram preservados para a perícia”, destacou.

Na segunda-feira, foi registrado na Decat mais um caso de suspeita de envenenamento, no Bairro Bela Laguna.  A tutora disse que por volta das 9h chegou em casa e encontrou Maillon, sem raça definida, com  manchas pretas e marrons pelo corpo, comendo um pedaço de carne que não havia dado. Em seguida, o cachorro começou a vomitar. Ela então levou o cão ao veterinário e foi constatado intoxicação no fígado e estômago. A mulher acredita que o animal tenha sido envenenado.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias