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Meio Ambiente

Depois de incêndios, cartão-postal verde do Pantanal de MS fica cinza

Vídeo registrado pelo IHP mostra uma grande parte da vegetação pantaneira consumida pelo fogo

Por Mylena Fraiha | 07/07/2024 11:36

Os incêndios continuam a devastar o Pantanal de Mato Grosso do Sul e a deixar um cenário cinzento, como o registrado em vídeo no último sábado (6), na região conhecida como Buraco das Piranhas, na região do município de Miranda, a 208 km da Capital.

No vídeo, disponibilizado pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), é possível ver uma grande parte da vegetação consumida pelo fogo. O presidente do IHP, Ângelo Rabelo, explica que equipes do instituto foram enviadas ao local, conhecido como estrada do Naitaca, para realizar o resgate de animais.

Vista aérea da estrada localizada no Pantanal do Nabileque, em novembro de 2021, que interliga os municípios de Corumbá, Miranda e Porto Murtinho (Foto: Governo de MS)
Vista aérea da estrada localizada no Pantanal do Nabileque, em novembro de 2021, que interliga os municípios de Corumbá, Miranda e Porto Murtinho (Foto: Governo de MS)

O panorama no bioma segue repleto de dificuldades, principalmente devido às condições climáticas adversas. Após uma semana de clima mais favorável, com aumento da umidade e redução do calor, os fortes ventos, que mudam de direção rapidamente, têm dificultado significativamente as operações. As rajadas superiores a 30 km/h contribuem para a reignição de chamas em áreas já afetadas.

O presidente do IHP espera que a frente fria prevista para o começo desta semana ajude a aliviar as altas temperaturas. “A frente fria com certeza ameniza e poupa o time das altas temperaturas. Isso aumenta a eficiência do combate aos incêndios”, afirma.

Informações do governo estadual apontam que a região tem recebido ajuda das aeronaves Air Tractor, do Corpo de Bombeiros, e a KC-390 da Força Aérea, além de helicópteros da frota da CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo). Esses instrumentos auxiliam no reconhecimento, monitoramento e resfriamento dos pontos quentes.

O trabalho se concentra principalmente em linhas de proteção avançadas para evitar que as chamas se aproximem da área compreendida pelo Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

Outras regiões - No norte de Corumbá, especificamente na região do Porto Sucuri e Paraguai Mirim, as equipes conseguiram controlar todos os focos ativos, concentrando-se agora em ações de rescaldo e monitoramento contínuo.

Já a sudeste de Corumbá, na região do Rio Abobral, existem dois focos ativos que estão sendo monitorados pelas equipes presentes no local. Após sobrevoo de helicóptero da Marinha, foram verificados pontos de fumaça dentro da área queimada nessa região, além do foco ilhado entre o rio Paraguai e a área queimada, que já havia sido identificado anteriormente.

As guarnições seguem realizando vigilância, monitoramento e controle dos pontos de calor presentes nessas áreas a fim de evitar a reignição das chamas.

A operação mobiliza um grande contingente de recursos humanos e materiais. Cerca de 92 bombeiros militares sul-mato-grossenses estão envolvidos diretamente no combate ao fogo, apoiados por 64 militares da Força Nacional, além de agentes do Ibama, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e brigadistas do PrevFogo.

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