Em 24h, três fazendeiros são autuados por desmatamento ilegal em MS
Ao todo, PMA estima degradação de pelo menos 150 hectares só em ocorrências registradas neste final de semana
Durante o fim de semana, a PMA (Polícia Militar Ambiental) autuou três proprietários rurais pelos crimes de desmatamento ilegal, nos municípios de Jardim, Bela Vista e Paranhos. Ao todo foram contabilizados mais de 150 hectares de vegetação nativa removidas.
Morador de São Paulo (SP), de 32 anos, foi autuado no início da tarde em R$ 9,6 mil por derrubar ilegalmente 32 árvores para exploração de madeira, em fazenda no município de Jardim, a 233 quilômetros de Campo Grande.
A propriedade beirava a rodovia BR-267, distante aproximadamente 75 km do perímetro urbano. O infrator não possuía autorização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e arrancava as árvores pela raiz por meio de tratores.
Entre as espécies da vegetação que foram desmatadas, haviam árvore de Bocaiúva, Angico, Louro, Mandiocão e Pau Terra, cuja madeira era vendida ilegalmente. A área correspondia cerca de 30 hectares de pastagem.
Na fronteira - Em fazenda no município de Bela Vista, a 322 quilômetros da Capital, comerciante, 63, terá de pagar R$ 37,5 mil por desmatar e explorar ilegalmente madeira em 120 hectares de Cerrado. Foram utilizadas no fim da tarde de sexta-feira (10) imagens de satélites para verificar a área afetada, que já estava com plantio de pastagem para que fosse realizada pecuária.
Segundo dados do Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais), o bioma em MS teve aumento expressivo na taxa de desmatamento ilegal em 2019, se comparado a 2018.
Além disso, em Paranhos, município distante 468 quilômetros de Campo Grande, a PMA autuou morador de assentamento em R$ 7 mil por desmatamento ilegal de área de Mata Atlântica, bioma que compõe 18% da vegetação do Estado.
Já durante a manhã, o homem, 54, desmatava aproximadamente 0,4 hectares de reserva ambiental protegida por lei federal, fazendo uso de máquina, arrancando árvores de grande porte pela raiz. Ele responderá por crime ambiental, e pode ficar preso até três anos.