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Meio Ambiente

Em 9 meses, PMA já apreendeu 235 galos e aplicou R$ 40 mil em multas

Viviane Oliveira | 03/10/2015 11:20
O fotógrafo do Campo Grande News flagrou na última segunda-feira (28), dois galos brigando em uma casa na Rua José Paes Farias, na Vila Jacy, em Campo Grande.  (Foto: Fernando Antunes)
O fotógrafo do Campo Grande News flagrou na última segunda-feira (28), dois galos brigando em uma casa na Rua José Paes Farias, na Vila Jacy, em Campo Grande. (Foto: Fernando Antunes)

De janeiro até agora, a PMA (Polícia Militar Ambiental) já apreendeu 235 galos de rinhas e aplicou mais de R$ 40 mil em multas. Conforme o major Edmilson Queiroz a criação e a manutenção de galo de briga é crime ambiental. Além disso, quem for flagrado pode responder ainda por maus-tratos e receber multa que varia de R$ 1 mil a R$ 3 mil. A pena varia de três meses a um ano de detenção.

No dia 23 de março, um homem que não teve o nome divulgado, foi multado em R$ 6 mil depois de ser flagrado levando galos para disputa de rinhas na Bolívia. A Polícia Ambiental de Miranda fazia barreia na BR-262, quando foi acionada pela PRF e encontrou as aves dentro de uma Toyota Hillux. O motorista, de 38 anos, levava 10 galos de briga e duas galinhas da mesma raça, todos em caixas de papelão.

Ao avaliar os galos, os policiais perceberam que todos tiveram as esporas removidas, intervenção realizada para as rinhas, o que caracteriza crime de maus-tratos. Segundo o homem, que vive em Campo Grande, as aves vieram de avião de Salvador (BA), foram retiradas no aeroporto de Campo Grande e seriam levadas até a Bolívia. Em maio, também foram apreendidos 53 galos e o responsável multado em R$ 23 mil. O caso aconteceu em Naviraí, distante 366 quilômetros de Campo Grande.

No dia 5 de julho, a PMA flagrou a prática de rinha de galo numa chácara de Sonora, extremo norte de Mato Grosso do Sul, a 364 quilômetros de Campo Grande. Seis pessoas foram multadas e precisaram comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos.

Os policiais chegaram ao local por meio de denúncia e localizaram 45 aves da raça índio presas em uma gaiola. Dois cercados estavam montados e, em um, estava acontecendo briga entre os bichos. Além disso, foi encontrado um quadro com a pontuação dos galos. O proprietário da chácara confirmou que no local aconteciam rinhas de galos e que ele era dono de seis aves.Todos os envolvidos foram multados administrativamente e levados à delegacia de Polícia Civil.

Um dos 120 galos de rinha apreendidos em uma chácara na MS-060, na saída para Sidrolândia.  (Foto: divulgação)
Um dos 120 galos de rinha apreendidos em uma chácara na MS-060, na saída para Sidrolândia. (Foto: divulgação)

No dia 26 de julho, quatro homens foram presos com sete galos de rinha que estavam com vários ferimentos, na BR-163, em Mundo Novo. Foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos Valcemir Gonçalves Bitencourt, 42 anos, Antônio Silva dos Santos, 37, Lindomar Gomes da Silva, 27, e Paulo Luiz Pontes, 48.

A Polícia Militar fazia barreira no posto da Receita Federal Leão da Fronteira, quando flagrou galos e objetos usados durante a prática de rinha em três veículos, um Golf, uma Parati e um Ford 1000. Os militares acionaram o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e um médico veterinário do órgão compareceu ao local.

Durante exame, o profissional constatou que os animais estavam com diversas lesões, regiões com mutilação, despenadas e rubor, ferimentos compatíveis com maus-tratos, conforme atestado clínico. No total, foram apreendidos sete galos nos três carros. Também foram localizados com os autores, 91 biqueiras, 46 esporas de plásticos, carreteis de linha para sutura, seringas, gaiolas, sacos de transportes e frascos de antibiótico. Juntando as multas de todos envolvidos o valor chegou a R$ 7 mil.

Em setembro, denúncias anônimas levaram a PMA a autuar um homem em R$ 4 mil por maus-tratos a galos. Ele criava, em uma chácara na MS-060, saída para Sidrolândia, 120 galos de briga da raça “índio”, sendo que oito estavam machucados.

O autuado já tinha passagens pelo crime de maus-tratos a animais. Ele foi encaminhado para a Decat (Delegacia Especializada de Repreensão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), junto com o material apreendido, respondendo pelo mesmo crime.

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