Flagradas em abatedouros clandestinos, 1.224 galinhas são incineradas
“É o procedimento legal, são aves que não oferecem segurança para consumo”, diz titular da Decat
As 1.224 galinhas flagradas ontem (dia 7) em abatedouros clandestinos, no Bairro Parque do Lageado, em Campo Grande, foram sacrificadas. Imagens gravadas nos dois imóveis mostravam que as aves eram mantidas em corredor muito estreito. Inclusive, um animal morto servia de alimento para as demais.
De acordo com titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), Maércio Alves Barbosa, as aves foram recolhidas pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), sacrificadas e incineradas.
Os animais foram classificados como galinhas de descartes (velhas poedeiras). “É o procedimento legal, são aves que não oferecem segurança para consumo, não se sabe a procedência. Então, representam um risco ao consumidor. Diante disso, o procedimento previsto, tanto na lei dos crimes ambientais quanto nas leis estaduais que regem essa matéria sanitária, é o descarte imediato desses animais”, afirma o delegado.
Na manhã de hoje (dia 8), a reportagem esteve nos dois endereços. A vizinhança relatou que as aves foram levadas ainda ontem, sendo colocadas em uma van de cor verde.
Ontem, após a PM (Polícia Militar) receber denúncia anônima, homem de 40 anos foi preso. Ele contou que comprava os animais de um frigorífico por preço bem abaixo do mercado e os mantinha na casa apenas por um dia. Na sequência, fazia o abate.
Durante o flagrante, o homem disse que havia criação similar em outro imóvel do bairro. A polícia foi ao local, mas proprietária de 50 anos fugiu. O preso foi autuado por crime contra as relações de consumo. A Decat investiga se há o envolvimento de granjas, com revenda de animais.