Meteorologistas fazem alerta para o pior cenário de estiagem da história em 2025
Seca, calor e riscos de incêndios devem se intensificar neste ano por conta do déficit de chuvas

O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) divulgou uma nota técnica com um cenário preocupante sobre o clima no próximo trimestre, em Mato Grosso do Sul. Com a previsão de chuvas abaixo da média histórica, aumento das temperaturas e riscos crescentes de incêndios florestais, os meteorologistas alertam para os impactos de condições meteorológicas adversas na economia e meio ambiente.
RESUMO
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O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) emitiu um alerta preocupante sobre as condições climáticas em Mato Grosso do Sul para 2025. O estudo, realizado em parceria com INMET, ANA e Cemaden, prevê um agravamento da seca, com chuvas abaixo da média histórica e aumento das temperaturas. Em 2024, o estado já registrou o ano mais quente em 31 anos, com média de 26,1°C, superando a média histórica de 24,5°C. Municípios como Ponta Porã, Amambai e Campo Grande registraram déficit de precipitação superior a 600 mm. Para o trimestre abril-junho de 2025, espera-se condições ainda mais críticas, com alto risco de incêndios florestais, especialmente nas regiões oeste e sudeste do estado.
O estudo, realizado em parceria com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), aponta que 2024 foi um ano atípico.
As chuvas ficaram significativamente abaixo da média histórica em diversas regiões do Estado, especialmente em municípios como Ponta Porã, Amambai e Campo Grande, que registraram déficits de precipitação superiores a 600 mm.
Este cenário contribuiu para a intensificação da seca, que afetou severamente a agricultura, as pastagens e os níveis dos reservatórios de água.
Porém, a situação de seca se agravou no início de 2025, com os meses de janeiro e fevereiro apresentando condições ainda mais críticas de estiagem. De acordo com o Monitor de Secas da ANA (Agência Nacional de Águas), Mato Grosso do Sul enfrentou seca moderada a grave, o que resultou em prejuízos significativos no setor agropecuário e no abastecimento de água para diversas localidades.
Outro dado alarmante da análise é que 2024 foi o ano mais quente dos últimos 31 anos no estado, com uma temperatura média de 26,1°C, bem acima da média histórica de 24,5°C. Esse aumento de temperatura vem se consolidando como uma tendência para os próximos anos, colocando ainda mais pressão sobre a região, especialmente no que diz respeito aos recursos hídricos e à agricultura.
A previsão para o trimestre de abril a junho de 2025 indica que as chuvas devem continuar abaixo da média, especialmente nas regiões oeste e sudeste do estado. Além disso, a expectativa é de temperaturas ainda mais elevadas, o que pode potencializar os efeitos da seca e agravar as condições de estiagem.
A análise também alerta para o aumento do risco de incêndios florestais devido à combinação de altas temperaturas e baixos índices de chuvas. O Cemtec estima uma alta probabilidade de ocorrência de condições extremas de fogo durante esse período, o que coloca a flora e fauna locais em risco, além de oferecer um grande desafio para as autoridades estaduais na prevenção e combate a esses incêndios.
Em relação ao fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS), os dados apontam uma probabilidade de 77% para um cenário de neutralidade climática, o que significa que não se espera influência direta deste fenômeno no clima de Mato Grosso do Sul neste ano. No entanto, o estado permanece vulnerável a outros fenômenos climáticos e suas consequências.
Diante deste panorama, o Cemtec segue monitorando as condições climáticas e fornecendo informações essenciais para a tomada de decisões pelos órgãos responsáveis pela gestão de desastres e prevenção de danos ambientais e econômicos.
O CICOE (Centro Integrado de Coordenação Estadual), instância estadual de governança, continua em alerta para planejar ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, em parceria com os diversos setores do governo estadual e a sociedade civil.
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