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Meio Ambiente

Onça Miranda se recupera bem, mas quadro de Antã ainda inspira cuidados

Segundo a coordenadora do Cras, Aline Duarte, o macho deve permanecer mais um mês em tratamento

Por Jéssica Fernandes | 22/08/2024 12:46
Resgatado em Corumbá, Onça Antã está sendo tratado no Cras, na Capital. (Foto: Álvaro Rezende)
Resgatado em Corumbá, Onça Antã está sendo tratado no Cras, na Capital. (Foto: Álvaro Rezende)

A onça-pintada Miranda pode voltar à natureza no próximo mês. Em tratamento no Hospital Veterinário “Ayty”, que fica no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), a onça está apresentando uma evolução positiva na cicatrização das patas. Também sob os cuidados da equipe de veterinários, a onça-pintada “Antã” apresenta quadro clínico diferente e provavelmente terá a permanência no local estendida.

O Governo do Estado transmitiu, nesta nesta quinta-feira (22), o boletim da Operação Pantanal. Durante a transmissão, a coordenadora do Cras e Hospital Veterinário Aytã, a médica veterinária Aline Duarte, falou sobre o estado de saúde de Miranda e Antã.

A fêmea foi resgatada no último dia 15 em Miranda, a 208 km de Campo Grande. Vítima das queimadas que atingem a região, ela teve as quatro patas queimadas e desde semana passada segue em tratamento. Já o macho, que também sofreu queimaduras nas patas, foi resgatado no Passo do Lontra, próximo de Corumbá, a 428 quilômetros da Capital, no dia 17.

Com curativos nas patas, Onça Miranda também está sendo cuidada no Cras. (Foto: Saul Schramm)
Com curativos nas patas, Onça Miranda também está sendo cuidada no Cras. (Foto: Saul Schramm)

Conforme a médica veterinária, apesar de ambos terem sido resgatados com queimaduras, o quadro de Antã é mais grave. Por conta disso, a fêmea está se recuperando mais rápido. “A Miranda a gente já vê uma evolução positiva na cicatrização das patas. Da Miranda temos uma perspectiva de um mês no máximo [recebe alta] porque está evoluindo bem”, explica.

A equipe irá analisar a situação do Antã, porque as feridas são mais profundas e torna o quadro dele mais “reservado”. Ainda assim, conforme a coordenadora, a permanência dele no Cras não deve chegar a dois meses.

Os dois estão recebendo o mesmo tratamento que envolve o uso de ozônio e contribui para a regeneração mais rápida da pele. Nesta quinta-feira, as duas onças deverão passar por mais um processo de ozonioterapia. Esse cuidado, conforme a veterinária, é realizado a cada quatro dias.

“Não é um manejo fácil, não é igual a um animal doméstico que a gente pode manipular, ficar cuidando e fazendo curativos todos os dias. A cada quatro a cinco dias a gente faz o curativo”, afirma.

Nesta semana, o governador Eduardo Riedel (PSDB) visitou as duas onças e conversou com os responsáveis pelo tratamento. “Eu parabenizo toda a equipe do Cras, porque é um trabalho difícil que está sendo feito, acima de tudo, com muito carinho, dedicação e conhecimento técnico. Elas estavam com as patas bastante comprometidas, em função dos incêndios do Pantanal. A Miranda, uma fêmea já identificada de dois anos, e o Antã, um macho de oito anos, estão em plena recuperação", declarou Riedel na ocasião.

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