Pela 1ª vez, bombeiros fazem queima preventiva em parque do Pantanal
A ação no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro faz parte da preparação para as temporadas de incêndio
Pela primeira vez, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) realiza uma queima controlada no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. A ação tem como objetivo proteger a unidade de conservação, já que a queima preventiva é uma forma de preparação para a TIF (Temporada de Incêndios Florestais) deste ano.
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O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul realizou uma queima controlada no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro para proteger a unidade de conservação e se preparar para a Temporada de Incêndios Florestais. A ação, que começou no dia 6 de agosto, envolve 42 pessoas, incluindo bombeiros, servidores do Imasul, representantes do Ibama e pesquisadores da UFMS. O objetivo é eliminar material combustível acumulado, reduzindo a vegetação seca e criando barreiras naturais para dificultar a propagação do fogo. Esta é a primeira vez que uma queima prescrita é realizada em um parque estadual no Pantanal de MS, com a intenção de replicar a estratégia em outras áreas de conservação. A ação é monitorada e articulada pelo Imasul, orientada pela UFMS e executada pelo Corpo de Bombeiros, utilizando tecnologia como estações meteorológicas portáteis e drones para garantir a eficácia e segurança do processo.
A atividade teve início no último domingo (6) e segue até a próxima semana. Ao todo, 42 pessoas participam da ação, entre bombeiros e servidores do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de representantes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que atuam no Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), integrantes de ONGs e pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Com 78,3 mil hectares, o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro está localizado nos municípios de Aquidauana e Corumbá. Esta é a primeira unidade de conservação do Estado a receber as ações do MIF (Manejo Integrado do Fogo), como forma de antecipação aos incêndios florestais.
O último incêndio registrado na área do parque foi em 2021. Agora, a queima prescrita visa eliminar o material combustível acumulado ao longo dos anos, por meio de uma técnica planejada e controlada. O método reduz a vegetação seca e cria barreiras naturais que dificultam a propagação descontrolada do fogo durante o período de seca.
Segundo o subdiretor da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, major Eduardo Teixeira, a queima forma mosaicos que ajudam a diminuir a intensidade das chamas, caso ocorra um incêndio no parque ou em propriedades vizinhas. Isso facilita o combate e o controle do fogo.
“É a primeira ação de queima prescrita em um parque estadual no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A intenção é medir os resultados obtidos com essa queima para, então, replicar a estratégia mais adequada em outras unidades de conservação. Buscamos, com isso, mitigar os efeitos de possíveis incêndios e reduzir prejuízos tanto na fauna e flora quanto em propriedades próximas”, explica o major.
A ação é feita de forma gradual e monitorada. É articulada pelo Imasul, órgão responsável pela conservação, manutenção e manejo do parque; orientada pela UFMS, por meio do Nefau (Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas); e executada pelo Corpo de Bombeiros.
“A queima prescrita é uma estratégia fundamental no manejo do fogo e na prevenção no Pantanal. Ao realizarmos essa ação de forma controlada e com base em critérios técnicos, conseguimos minimizar os impactos ambientais e reduzir significativamente o risco de incêndios florestais de grandes proporções”, afirma o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
Outras ações – As atividades de combate aos incêndios no Pantanal já começaram neste ano. Entre os dias 3 e 5 de abril, foi realizada uma ação coordenada pelo Instituto Terra Brasilis, com treinamento de peões, gerentes e proprietários de fazendas da região. A iniciativa promoveu o compartilhamento de boas práticas de manejo do fogo.
A tecnologia também tem sido aliada na queima controlada. Uma estação meteorológica portátil é utilizada para medir a velocidade do vento, umidade do ar e temperatura durante a ação. Além disso, os bombeiros utilizam sensores portáteis, drones e aplicativos de navegação para traçar rotas e orientar as equipes em campo.
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