Polícia reforça fiscalização contra pesca e alerta para multa de até R$ 100 mil
Começa hoje (4), às 12h00, a Operação Carnaval que terá 80% do efetivo da PMA (Polícia Militar Ambiental) fiscalizando os rios de Mato Grosso do Sul como reforço a Operação Piracema. Está proibida a pesca até mesmo com vara em qualquer rio até o dia 28 de fevereiro. Desde segunda-feira (1º), no entanto, está liberada a pescaria na modalidade pesque-solte, mas somente na calha do Rio Paraguai.
A pesca continua proibida nos afluentes do Paraguai, a exemplo os rios Aquidauana, Miranda, Piquiri e São Lourenço. A PMA pode aplicar multas que variam de R$ 700,00 a R$ 100 mil, mais de R$ 20 por quilo do pescado irregular. A atuação especial com foco nos foliões do Carnaval termina às 8h da próxima quinta-feira (11), mas os militares vão continuar com a fiscalização voltada para a Piracema.
Nesta semana, o comando da PMA reforçará o policiamento em Corumbá e Porto Murtinho, que abrangem a calha do Rio Paraguai. As outras cidades com tradição carnavalesca, que receberão maior número de turistas, tais como Bonito, Jardim, Coxim, Aquidauana e Miranda receberão policiais de Campo Grande e de outras subunidades de cidades que não receberão muitos turistas durante o carnaval.
Haverá reforço da fiscalização também nos municípios de Bataguassu, Aparecida do Taboado, Batayporã e Três Lagoas, além dos postos fixos das Cachoeiras do rio Anhanduí, em Bataguassu, Rio Verde, em Água Clara e Salto do Pirapó, em Amambai.
Os militares podem ainda prender e aplicar multa em caso de desmatamento ilegal; exploração ilegal de madeira; incêndios; carvoarias ilegais; transporte de carvão; outros produtos florestais e de produtos perigosos; crimes contra a flora e fauna e ainda atividades poluidoras. Traficantes de drogas, armas, contrabando e condutores de veículos furtados e roubados também podem cair nos bloqueios da Polícia Ambiental.
Exceção – Segundo a PMA, a única pesca permitida neste período na bacia do Rio Paraguai e nos rios de MS, na Bacia do rio Paraná é a pesca de subsistência.
“Então, quem pode pescar é o ribeirinho e populações tradicionais que precisam da proteína do peixe para manutenção de sua vida. Eles podem capturar 3 kg, ou um exemplar, respeitando as medidas permitidas, porém, não podem comercializar em hipótese alguma. Portanto, a população das cidades lindeiras, bem como pessoas que vão passar o final de semana em ranchos às margens dos rios, não podem pescar de forma alguma”, explica o major Edimilson Queiroz.