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Meio Ambiente

Rio Paraguai bate marca de 2019 e atinge 3 metros em Ladário

Marca pode indicar início de novo ciclo após período de forte seca na bacia

Guilherme Correia | 20/04/2023 10:48
Rio Paraguai, visto da cidade de Ladário. (Foto: Diário Corumbaense)
Rio Paraguai, visto da cidade de Ladário. (Foto: Diário Corumbaense)

Nesta quinta-feira (20), o Rio Paraguai atingiu marca de 3 metros na estação de Ladário, de acordo com a régua de medição do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, do 6° Distrito Naval da Marinha. Essa é a primeira vez que a marca é alcançada desde setembro de 2019 e é emblemática por superar o pico da cheia de 2022.

Além disso, pode indicar que a bacia está iniciando um novo ciclo após um período de forte seca, quando em 2021, o rio mediu 60 centímetros negativos nos dias 16 e 17 de outubro. As informações foram divulgadas pelo jornal Diário Corumbaense e confirmadas pela reportagem.

De acordo com boletim do SGB-CPRM (Serviço Geológico do Brasil), o rio apresenta tendência de “elevação gradual em Ladário” e a previsão de 2,9 metros estimada para 20 de abril foi superada em 10 centímetros. Com o viés de subida, a altura do rio na régua de Ladário deve alcançar 3,28 metros ainda na primeira quinzena de maio.

A estação de Ladário, onde está instalado o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste do 6° Distrito Naval, é considerada um termômetro para medir o grau de cheia e seca no bioma do Pantanal. A cheia do Rio Paraguai se dá ao longo de vários meses do ano, caracterizando o lento escoamento das águas no Pantanal.

Cheia - A maior cheia do século passado ocorreu em abril de 1988, quando o rio atingiu 6,64 metros na régua de Ladário. Cheia normal compreende de 5 a 5,99 metros. Cheia igual ou superior a 6 metros é considerada como uma cheia grande ou "super cheia".

Ocorrem enchentes locais em diversas regiões, ao longo do ano, a depender do regime de chuvas. Na região entre Cáceres (MT) e Cuiabá (MT), o trimestre mais chuvoso estende-se de janeiro a março, com ocorrência de níveis d'água elevados em março.

Na sub-bacia do Rio Miranda, o trimestre mais chuvoso estende-se de dezembro a fevereiro, com ocorrência de níveis elevados em fevereiro. Em Cáceres, as cheias ocorrem entre fevereiro e março, recebendo contribuições intermediárias a jusante, alcançam Corumbá, entre maio e junho, e Porto Murtinho, entre julho e agosto.

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