Quer viajar com seu pet? Veja o que é necessário para ninguém sofrer
O veterinário Antonio Defanti explica os cuidados necessários para os cachorros e gatos conhecerem o mundo
“Posso levar meu pet para viajar comigo?” e “o que preciso fazer para meu pet não sofrer na viagem?” são perguntas cada vez mais comuns em consultórios, como explica o médico veterinário da Clínica Veterinária Bourgelat, Antonio Defanti Junior. Então, se sua dúvida é a mesma, saiba que há uma série de orientações a seguir.
Apesar de o universo pet ser variado, Antonio foca nos dois principais e mais comuns: cães e gatos. Considerando esses dois animais, ele relata que com a adaptação correta e seguindo algumas regras, é possível viajar tanto pelo Brasil quanto para outros países.
Regras para viajar com seu pet
Antes de detalhar os cuidados de adaptação, o veterinário deixa claro que tanto para os percursos nacionais quanto internacionais é necessário checar as legislações. Se o trajeto for feito no Brasil, a experiência é mais tranquila. Caso seja para outro país, é necessário entender as leis do local específico.
Para as viagens nacionais, se você quiser transportar seu pet de carro é necessário ter o atestado de saúde veterinário e carteira de vacina antirrábica. Além disso, ele precisa ter cinto de segurança ou caixa de transporte”, explica o médico veterinário, Antonio.
Em viagens de avião, ele também precisa do atestado, com a vacinação em dia e uma caixa de transporte na dimensão solicitada pela linha aérea. Lembrando que, neste caso, é importante confirmar as regras de cada empresa.
Exemplos de especificidades são que a Gol aceita apenas animais com no mínimo seis meses de idade, o que muda para a Azul, que libera cães e gatos a partir de quatro meses.
Para o transporte de ônibus nacionalmente pode haver mudanças dependendo de cada empresa, mas Mato Grosso do Sul possui normas para as viagens intermunicipais. Conforme a Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), está autorizado o transporte de animais pequenos, ou seja, de até 10 quilos.
Além da vacina antirrábica, é necessária também a polivalente e uma plaqueta de identificação com nome e telefone do proprietário. O animal deve estar higienizado em uma caixa de transporte durante toda a viagem, sem causar desconforto aos passageiros.
Outro ponto é que o animal precisa ter uma poltrona exclusiva, paga pelo proprietário, com a tarifa regular e cada ônibus pode transportar, no máximo, dois animais simultaneamente.
Apesar da regulamentação, as empresas podem recusar o embarque de animais debilitados, doentes e em gestação adiantada. Também é permitido que o transporte seja restrito aos horários de menor movimento em períodos com picos na demanda.
Em viagens internacionais, as regras mudam e ficam um pouco mais complicadas, de acordo com Antonio. “Via de regra, o animal deve ter um microchip aplicado pelo médico veterinário e a vacina antirrábica. Cada país tem as suas exigências individuais sanitárias, mas em sua maioria é necessário o certificado veterinário internacional, além do descrito anteriormente”.
Hora da adaptação
“Todos os animais, tanto cães quanto gatos, podem viajar sim. Porém, cada animal tem a sua individualidade, comportamento, características raciais e pode variar de indivíduo para indivíduo”, resume o médico veterinário.
Por isso, o preparo para qualquer tipo de viagem precisa ser antecipada. Assim, não há sofrimento para os pets e nem para os tutores.
A principal dificuldade costuma ser a adaptação às caixas de transporte, então esse pode ser o foco para começar. “O ideal é adaptar o pet dentro da caixa para ele entender que este novo espaço não é ruim, pois terá o seu tutor por perto e isso é gratificante para ambos”.
Acostumar os animais com o carro também é importante, então a dica é começar com passeios nos arredores de casa e ir ampliando o tempo de trajeto. E, por último, no dia da viagem é aconselhado diminuir a quantidade de ração oferecida.
Com essas ações básicas, os pets vão se acostumando e poderão fazer uma viagem mais tranquila. Lembrando que não é permitido fazer nenhuma intervenção medicamentosa para as viagens.
São permitidas apenas medicações homeopáticas que ajudam a tranquilizar os pets, sem causar efeitos colaterais.
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