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EpiMania

Virou farra? Donos de bares na 14 de Julho comentam febre para reviver o Centro

Por Gabi Cenciarelli | 01/09/2024 08:34

Assista ao 6° episódio completo do podcast EpiMania abaixo:

O sexto episódio do EpiMania, podcast do Campo Grande News, fala sobre a recente "febre" que levou os campo-grandenses para o Centro da cidade, principalmente, por causa dos novos bares na Rua 14 de Julho.

Desde o final de 2023, a 14 é lugar de bom som e bebida barata. Assim, o movimento só aumentou e, na última semana, a prefeitura sancionou o espaço como corredor cultural, fechando as ruas para o trânsito nos finais de semana.

O que começou como uma ideia ambiciosa de abrir um bar no Centro, lugar que há muitos anos vivia mal da rotina diurna nos comércios, desencadeou um movimento para devolver energia à cidade. O objetivo é transformar um dos principais pontos comerciais de Campo Grande em um espaço dinâmico, voltado para a promoção de eventos gastronômicos, artísticos e culturais.

O primeiro bar que abriu na região foi o "Copo", mas desde então vários outros empreendedores embarcaram na ideia.

No sexto episódio do EpiMania, os anfitriões Gabi Cenciarelli e Lucas Mamédio conversaram com os proprietários do bar Copo, Léo Soldati e do bar Madonna, Kayky Sanches. Ambos contaram sobre o desafio de investir no Centro.

"Tem aluguel, que ficou alto depois da revitalização, parte elétrica, freezer, cozinha, banheiro, é muita coisa que envolve o projeto. Nos chegamos a visitar mais de 53 imóveis", relatou Léo Soldati.

Já no caso do bar Madonna, a história foi diferente. Com menos experiência e outras profissões, mas com a mesma vontade de fazer dar certo, Kayky conta que ele e o sócio decidiram abrir o bar "do nada". "Inclusive o nome vem da cantora né, meu colega queria mudar, mas acho que tem tudo a ver: 'madona', porque nós não somos bons donos de nada ainda, alugamos o primeiro imóvel que visitamos, e parece que era pra ser", brincou Kayky.

Mas como tudo é novidade, a movimentação noturna na 14 gerou alguma repercussão negativa. Alguns moradores e comerciantes do local se incomodaram com a bagunça deixada nas calçadas e barulhos durante a noite.

"A gente sabe do impacto que a gente gera. Tem a questão da ocupação, do barulho, do lixo. Mas a mudança está aí, ela está estabelecida. É uma demanda da população, não é nossa", afirma Léo.

Esse impacto levado pelos bares ao Centro foi um ponto muito levantado durante a conversa. As reclamações são preocupações que já estão na visão do poder público. A última semana, com a rua sendo fechada, já é possível perceber as medidas que vem sendo tomadas pela prefeitura.

"Por ser o primeiro fechamento, a gente acredita que não foi tão favorável para os empresários. Foi bacana o movimento, não foi ruim a ideia de fechar, mas a gente acredita que precisa ser melhorado. Algum ajuste com mais apoio do poder público, de prestação de serviço, de monitoramento.", disse Kayky.

Na visão dos empreendedores, o movimento que pretende reviver o Centro ainda tem muito a melhorar, mas já impactou Campo Grande e veio pra ficar.

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