“Campo Grande está abandonada e sem projetos”, diz Edson Giroto
O secretário estadual de Obras, Edson Giroto, avaliou que Campo Grande está abandonada pela administração do prefeito Alcides Bernal (PP), sem projetos de infraestrutura para o seu desenvolvimento e expansão. Ele também criticou Jamal Salem (PR) por negociar adesão à base aliada no legislativo municipal.
“Vejo com muita pena a cidade de Campo Grande que está abandonada, quando era secretário (municipal) trabalhava até 12 horas por dia para sempre deixá-la organizada e limpa”, declarou ele, durante evento no Aquário do Pantanal, localizado no parque das Nações Indígenas.
Giroto lembrou que nas administrações na qual participou, existiam projetos de desenvolvimento e obras pela cidade, que era reconhecida pela ausência de favelas. “O que eu vejo é que este orgulho do campo-grandense está se esvaindo”, apontou ele.
O deputado federal licenciado participou das gestões anteriores, com André Puccinelli (PMDB) e Nelsinho Trad (PMDB). “Ninguém está pensando em trânsito na Capital, é só notar os problemas na Avenida Mato Grosso com a Via Park, além de outros locais”.
Giroto ainda lembrou que havia recurso de R$ 184 milhões para a implantação do viaduto próximo a fábrica da Coca-Cola, na Avenida Gury Marques. “Cadê o viaduto? Onde está o recurso?”.
Ele ainda destacou que o transporte público não está sendo devidamente valorizado e que isto poderia ajudar a cidade a conter os acidentes. “Quanto mais se investe e usa o transporte coletivo, menos leitos para politraumatismo serão usados na Santa Casa”.
Orientação - O deputado (licenciado) não deixou de se posicionar sobre a possível ida do vereador Jamal Salem (PR) para base do prefeito Alcides Bernal (PP). “O Jamal vai ter que seguir a orientação do partido, se não fizer, vou pedir a sua expulsão”, afirmou ele.
O vereador já havia indicado a médica Lilian Maksoud para assumir a direção do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), na época negou fazer parte da base, mas depois admitiu que iria trabalhar junto com o prefeito.
Depois foi apontado em uma negociação com Bernal, para assumir ou indicar um nome para o comando da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Jamal negou esta negociação, mas admitiu que defende a saída do titular da pasta, acusado pelo vereador de promover confusão e desentendimento com os médicos da rede municipal.