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Política

"Vamos buscar um pacto por Campo Grande", diz Bernal como prefeito

Antonio Marques | 26/08/2015 08:15
Alcides Bernal disse em entrevista nessa manhã que vai buscar o diálogo republicano por um pacto por Campo Grande (Foto: Fernando Ricardo Ientzsch)
Alcides Bernal disse em entrevista nessa manhã que vai buscar o diálogo republicano por um pacto por Campo Grande (Foto: Fernando Ricardo Ientzsch)

O prefeito Alcides Bernal (PP), reconduzido ao cargo ontem pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) reiterou em entrevista hoje, que vai buscar o diálogo constitucional e republicano com as forças políticas, servidores e organizações da sociedade civil organizada para construir um pacto por Campo Grande.

A 1ª Câmara Cível do TJ/MS julgou improcedente o recurso da Câmara Municipal e determinou a reintegração de Bernal ao cargo de prefeito de Campo Grande. Na decisão da tarde de ontem (25), presidida pelo desembargador Sérgio Martins, os magistrados revalidaram a sentença do juiz David de Oliveira Gomes, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Por segurança, o juiz David de Oliveira autorizou que o prefeito retome seu gabinete nesta quinta-feira (27), a partir das 12h30, para que não haja tumulto entre os servidores da gestão de Gilmar Olarte e da nova equipe que vai assumir a prefeitura, como aconteceu em maio do ano passado, após a decisão do próprio magistrado.

Na entrevista à Tv Morena, Alcides Bernal destacou ter deixado R$ 1,2 bilhão nos cofres da administração municipal, com superavit de R$ 654 milhões, quando foi cassado. “Vamos fazer uma auditoria para saber o destino do dinheiro público e mostrar os motivos dessa crise financeira. Eles quebraram a prefeitura”, declarou ele, referindo-se a gestão do seu ex-vice Olarte.

Para Bernal, é necessário buscar a união e o diálogo republicano com todas as classes dos servidores, os presidentes dos partidos e representantes da organizações sociais no sentido de “salvar Campo Grande.”

Depois de participar das festividades pelo aniversário de 116 anos da Capital, Bernal revelou que vai hoje mesmo conversar com as lideranças da classe médica “para buscar o apoio desses profissionais, que são responsáveis e precisam de condições de trabalho e salários dignos”, afirmou.

O prefeito disse estar ciente da crise financeira enfrentada pela cidade e sua primeira medida vai ser cortar os funcionários comissionados contratados com altos salários e “muitos nem iam trabalhar. Queremos garantir os serviços essenciais e não vamos permitir gastos desnecessários”, prometeu Bernal.

Lembrou ainda que não pretende fazer mudanças bruscas naquelas secretarias que estão funcionando bem, mas que as principais pastas vão passar por mudanças naturais nos comandos. Porém, não quis adiantar nome de qualquer novo secretário. Apenas informou que vai conversar com todos os partidos que querem participar do “pacto por Campo Grande.”

Voltou a declarar que não tem compromisso com coisa errada e que vai dialogar com todos os vereadores, inclusive aqueles que votou contra ele, desde que tenham interesse em favor da cidade. “Aqueles que ocupam cargo público com interesses mesquinhos e pessoais não será nosso aliado. O povo não aceita mais esse tipo de representante”, ressaltou.

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