Acusado de ameaçar Bernal, Antônio João presta depoimento à Polícia
Acusado de ter feito ameaças ao prefeito Alcides Bernal (PP) pelo Facebook, o empresário e presidente regional do PSD, Antônio João Hugo Rodrigues, prestará depoimento à polícia nesta terça-feira, às 14h15. A informação é do próprio empresário, que é dono do Jornal Correio do Estado.
“Oieeeeeee! Já recebi a intimação, sobre a suposta ameaça de morte. Meu depoimento será amanhã (hoje) à tarde, 14h15, na Rua Hiroshima. Serei atendido pelo dr. Dmitri Erik Palermo”, diz em um post publicado ontem.
O pedido de abertura de inquérito pelo crime de ameaça contra Antônio João foi pedido diretamente pelo prefeito ao diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Rasanauskas Neto, na última sexta-feira. Também foi acusado no pólo passivo Jeferson Luiz Martins Mattos por causa de mensagens postadas na página de Antônio João no Facebook.
O post que originou o pedido de abertura de inquérito é o seguinte: “Chávez morreu de câncer. E o Bernal vai viver por muitos anos, a menos que engasgue com uma bala de hortelã. Vamos ter muita diversão ainda”, escreveu Antonio João na rede social, em resposta à declaração do usuário Jeferson, segundo quem: “fim de ditador é morrer a bala!”.
O crime de ameaça está previsto no Art. 147 do Código Penal. Constitui o crime: “ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, a ponto de causar-lhe mal injusto e grave”. A pena é de detenção de 1 a 6 meses ou multa.
O advogado Rafael Antônio Scaini, que acompanhou o prefeito na visita ao diretor-geral da Polícia Civil, informou que também entrará com pedido de ações visando indenização. “Ingressaremos provavelmente com pedidos de reparação civil”, disse, sem, no entanto, adiantar qual o valor que será pedido.
Queixa crime - Alcides Bernal também entrou com uma queixa crime contra Antônio João que tramita na 6ª Vara Criminal. A ação é por crime de calúnia embasada em afirmações que o empresário fez também via Facebook sobre a criação de um “mensalinho” na Câmara Municipal de Campo Grande. Segundo a mensagem publicada, Bernal teria proposto dar R$ 10 mil por mês para que vereadores da oposição aceitassem integrar sua base de sustentação na Câmara.
O crime de calúnia está previsto no Art. 138 do Código Penal: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime”. A pena é de detenção, de seis meses a dois anos e multa.