Advogado de João Amorim quer ter acesso a todas as provas da Operação
O advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, que defende o empreiteiro João Amorim nas investigação da Operação Lama Asfáltica e Coffee Break, disse que o cliente está a disposição para prestar informações tanto na fase do inquérito policial como na esfera judicial, “desde que tenha acesso irrestrito a todas as provas que já foram produzidas pela acusação”.
Ainda de acordo com o advogado, João Amorim irá prestar depoimento “no momento oportuno e quando a defesa tiver acesso irrestrito a toda documentação”. Assim como a Polícia Federal, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto não faz nenhum comentário sobre o depoimento prestado há pouco mais de uma semana à PF. O Campo Grande News apurou que pelo menos Amorim e o dono da Egelte, Egídio Comin, já foram ouvidos pelos delegados que coordenam as investigações do Lama Asfáltica. Comin estaria viajando e o advogado dele ficou de retornar as ligações desde a terça-feira, o que não foi feito.
Força Tarefa – Tanto João Amorim como Egidio Comin também foram ouvidos pelo MPE (Ministério Público Estadual), só que em momentos diferentes e por equipes distintas. O dono da Egelte foi o primeiro. No dia 12 de agosto, sob sigilo, ele prestou depoimento à Força Tarefa criada pelo MPE para investigar no âmbito estadual a Operação Lama Asfáltica. O empresário chegou por volta das 14h e só deixou a sede do Ministério Público pouco antes das 17h, acompanhado de advogados.
João Amorim foi um dos 13 que no dia 25 de agosto, foram conduzidos coercitivamente para depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na Operação Coffee Break. Acompanhado do advogado Benedicto de Figueiredo Neto, Amorim deixou a sede do Gaeco no início da noite, sem falar com a imprensa.
Nas investigações feita pelo MPE, a Força Tarefa, formada por 8 promotores de justiça, apura o uso de recursos estaduais nas obras investigadas pela Operação Lama Asfáltica. É que na maioria dos projetos, há destinação de verbas e federais (as contrapartidas), e o que se verifica se também houve desvio de recursos na execução desses serviços. Já o Gaeco investiga o envolvimento de alguns alvos do Lama Asfáltica em esquema de compra de vereadores para a cassação do prefeito Alcides Bernal, ocorrido em março do ano passado.