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Capital

Esquema de empreiteiras deu prejuízo de R$ 11 mi aos cofres públicos, diz PF

Aline dos Santos | 09/07/2015 09:33
Operação  Lama Asfáltica cumpre 19 mandados de busca e apreensão. Um deles foi em galeria na rua Arthur Jorge. (Foto: Marcos Ermínio)
Operação Lama Asfáltica cumpre 19 mandados de busca e apreensão. Um deles foi em galeria na rua Arthur Jorge. (Foto: Marcos Ermínio)

O esquema de empreiteiras alvo da operação “Lama Asfáltica”, realizada hoje pela PF (Polícia Federal) em Campo Grande, deu prejuízo de ao menos R$ 11 milhões dos cofres públicos. De acordo com a PF, foram fiscalizados contratos de R$ 45 milhões. Ainda conforme a polícia, a organização criminosa era “especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais”.

A operação cercou a mansão do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, atual assessor especial do Ministério dos Transportes. Os policiais também foram à empresa Proteco Construtora Ltda, à residência do empresário João Alberto Krampe Amorim (proprietário da Proteco) e à Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura).

Quatro servidores concursados foram afastados por determinação da 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. A secretaria é responsável pela execução de obras do governo. São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão.

Iniciadas em 2013, as investigações apontaram para a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a Administração Pública. O esquema de fraudes a licitações cooptava servidores públicos . De acordo com a PF, foram identificadas vultosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos.

O grupo é acusado de cometer sete crimes: sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes em licitação.

Cerca de 80 policiais federais, 13 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e 25 da Receita Federal participam da execução “Lama Asfáltica”. O nome da operação faz referência ao insumo usado nas obras identificadas, como pavimentação e ações de tapa-buracos.

A reportagem tentou contato com o empresário João Alberto Krampe Amorim, mas ele não atendeu a ligação. Edson Giroto também não atendeu.

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