PF investiga 4 funcionários que já foram afastados, diz secretário
O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, afirmou que quatro funcionários efetivos da Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura), que são alvo da Operação Lama Asfáltica, desenvolvida pela Polícia Federal, MPF, Receita Federal e CGU, já foram afastados de suas funções. Um dos acusados de integrar a organização criminosa já se aposentou voluntariamente.
Riedel não quis identificar os nomes, mas ponderou que o governo estadual está pronto para colaborar no que for preciso com a investigação, mas que até o momento a equipe não sabe os detalhes e o objetivo de toda esta operação feita pela Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União), MPF (Ministério Público Federal) e Receita Federal. Ele só adiantou que a investigação se refere a processos de 2014.
“Não temos muitas informações, apenas que se refere a 2014, vamos fornecer todos os documentos necessários”, disse Riedel, que estava acompanhado no local pelo secretário estadual de Segurança, Sílvio Maluf.
Ele ainda mencionou que durante a nova gestão ainda havia licitações em vigência até maio de 2015, e que foi cumprido, mas depois deste período foram abertos novos procedimentos. Os agentes da Polícia Federal permanecem no local, com análise de documentos e arquivos da Secretaria de Infraestrutura.
As ordens para o afastamentos dos serviços foram dadas pela 5° Vara Federal de Campo Grande. Os agentes da Polícia Federal permanecem no local, com análise de documentos e arquivos da Secretaria de Infraestrutura.
Ação – Esta Operação Lama Asfáltica visa combater uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações em obras públicas em Mato Grosso do Sul. O grupo é acusado de cometer sete crimes.
Segundo a Receita Federal, o grupo pode responder pelos crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes em licitação.
Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão na empreiteira Proteco e na casa do empresário João Alberto Krampe Amorim, do ex-secretário municipal de Obras em Campo Grande e da ex-titular da pasta de Obras do Governo do Estado e atual assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto.
A operação conta com 28 servidores da Receita, 84 policiais federais e 13 funcionários da CGU. A investigação começou há dois anos e detectou indícios de fraude em licitações e desvio de recursos públicos.