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Política

Afinal de contas, quem é o presidente do União Brasil em MS: Rhiad ou Rose?

Rachado internamente, sigla segue com comando judicializado à espera de uma decisão do TRE-MS

Gabriela Couto | 27/04/2023 19:20
Ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) acredita em nova eleição até sábado, já Rhiad Abdulahad segue como presidente do partido no Estado após decisão do desembargador. (Foto: Ilustração)
Ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) acredita em nova eleição até sábado, já Rhiad Abdulahad segue como presidente do partido no Estado após decisão do desembargador. (Foto: Ilustração)

A guerra interna do União Brasil, tanto no diretório nacional quanto no regional, criou uma instabilidade no Estado que somente o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) poderá resolver.

Nesta quinta-feira (27), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou a suspensão da eleição do diretório no Estado, prevista para este sábado (29). O desembargador José Marcos de Brito Rodrigues ainda deu um sermão no juiz da 15ª Vara Cível Flávio Saad Peron por decidir em temas que não são do mérito dele.

Com isso, por enquanto, o presidente da comissão provisória do partido hoje se chama Rhiad Abdulahad. “Justiça feita e direito estabelecido”, comemorou Rhiad ao ser questionado sobre a situação.

A comissão provisória nacional anulou a eleição realizada pela então presidente, senadora Soraya Throcinke, no dia 4 de abril e remarcado uma nova para o dia 29. Por isso, a ex-deputada federal Rose Modesto continua afirmando que haverá nova eleição.

“Não tem nenhuma ação contra a decisão da executiva nacional na instância certa! Não é aqui na justiça local que pode mudar a decisão da executiva nacional. A decisão da nacional é que está valendo até que uma decisão superior, derrubando a decisão da nacional”, afirmou Rose. Se houver novo pleito, ela disse que só foi registrada a chapa dela dentro do prazo estipulado pela nacional.

Até sábado (29), tudo pode mudar, conforme as tramitações na Justiça que continuam tanto em Mato Grosso do Sul quanto vindo de Brasília (DF), onde fica o diretório nacional que também está rachado por grupos dos antigos partidos DEM e PSL.

Para o advogado especialista em direito eleitoral, Yves Drosghic, a decisão do desembargador foi correta. “O que tem que se levar em consideração é a autonomia dos partidos políticos. Neste caso, o TRE que tem que intervir, conforme a decisão do desembargador”.

O tribunal local terá que analisar a legalidade da eleição realizada no dia 4 de abril. Existe o questionamento sobre o número mínimo de diretórios constituídos pelo estatuto para que a eleição tenha sido validada.

“Por isso o Judiciário deve intervir para analisar a legalidade da eleição. Se for constatada alguma irregularidade, a nacional terá que fazer uma provisória e fazer nova eleição”, explica o advogado.

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