ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Política

Bancada federal de MS pode compor CPMI do 8 de janeiro criada no Congresso

Soraya Throcinke deve estar entre os 32 nomes que vão compor grupo que vai investigar atos antidemocráticos

Gabriela Couto | 26/04/2023 18:59
Comissão foi criada com a leitura do requerimento pelo senador Rodrigo Pacheco. (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)
Comissão foi criada com a leitura do requerimento pelo senador Rodrigo Pacheco. (Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados)

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), leu na sessão desta quarta-feira (26) o requerimento do deputado André Fernandes (PL) para criação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os atos de 8 de janeiro em Brasília, quando os prédios dos três Poderes foram invadidos e sofreram a ação de vândalos.

De Mato Grosso do Sul, apenas os deputados federais bolsonaristas pediram a abertura da investigação, são eles: Marcos Pollon (PL), Luiz Ovando (PP) e Rodolfo Nogueira (PL). Já no Senado, o pedido de abertura contou com o apoio dos três senadores: Nelson Trad (PSD), Tereza Cristina (PP) e de Soraya Thronicke (UB), que tentou abrir o procedimento na Casa de Leis, mas sem sucesso.

Ao todo, foram 239 deputados e 38 senadores que apoiaram a apuração dos atos de ação e omissão ocorridos no dia 8 de janeiro. Até o momento, dos 300 denunciados pelos crimes que foram identificados, sete são de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o deputado Luiz Ovando, os trabalhos devem começar dentro de duas semanas. “Praticamente dentro deste período vamos ter a definição dos componentes que darão continuidade a investigação da verdade dos fatos do que aconteceu no dia 8 de janeiro”, comemorou.

O presidente do Congresso solicitou aos líderes partidários que indiquem os integrantes da comissão, conforme a regra da proporcionalidade partidária. De acordo com o requerimento, a comissão será constituída por 16 senadores e 16 deputados, com igual número de suplentes, sendo um deles representante da Minoria em cada Casa. O grupo terá prazo de 180 dias para concluir os trabalhos.

Na Câmara, o bloco de Arthur Lira (União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota), que é também o maior, terá direito a indicar cinco deputados.

Na sequência, vem MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, com quatro indicações; o PL, maior sigla da Casa, com três; a federação entre PT, PC do B e PV terá mais duas; e PSOL e Rede, uma.

No Senado, os dois maiores blocos são pró-governo: MDB, União Brasil, PDT, PSDB e Podemos, que terá direito a seis nomes na CPI, mesma quantidade de PT, PSD, PSB e Rede. PP e Republicanos tem dois e o PL e o Novo, dois.

Como a senadora Soraya Thronicke é do União Brasil, que tem direito a duas vagas, a chance de ela participar ativamente da CPMI são reais. A presença dela é dada como certa no grupo, na imprensa nacional, justamente por conta de ter pedido a abertura de uma CPI no Senado. Além disso, o próprio PT apoia o nome da senadora na composição da comissão.

Vale lembrar que o pedido de abertura de uma CPI em uma das casas sofreu pressão da situação e só houve uma reviravolta em apoio do pedido dos bolsonaristas, que formam a oposição, após uma crise no governo com a divulgação de imagens do ex-ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Carpelli, participando dos atos. Outros 29 servidores foram exonerados após o caso.

Próximos passos - Definidos os integrantes, Pacheco deverá convocar a reunião de instalação da CPMI, quando serão eleitos o presidente e o vice-presidente e definido o relator do colegiado. A eleição é secreta e o presidente escolhe o relator, cujo partido será definido pela proporcionalidade partidária.

As comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação semelhantes às autoridades judiciais. Pode convocar autoridades, requisitar documentos e quebrar sigilos pelo voto da maioria dos integrantes.

Nos siga no Google Notícias