Além de prestígio, disputados cargos federais pagam salário de até R$ 29 mil
Além de altos salários, cargos mostram força política de quem está no comando
Os partidos começam a disputar os cargos federais em Mato Grosso do Sul. A briga não é à toa. Além do salário que pode chegar chegar a R$ 29 mil, a indicação mostra a força política da sigla para com governo federal.
O maior salário é do superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que hoje recebe R$ 29.365,78 – era maior que o governador, R$ 26,5 mil antes do reajuste. Cabe à superintendências regional coordenar e executar, atividades relacionadas a planejamento, programação, orçamento, informática e modernização administrativa. Também devem garantir a manutenção, fidedignidade, atualização e disseminação de dados do cadastro de imóveis rurais e sistemas de informações do Incra.
O segundo maior cargo é do superintendente da Polícia Federal, R$ 24.396,52, seguido pela reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) cuja remuneração é de R$ 23.419,23 – embora a escolha se dê por eleição e não nomeação a partir de uma lista tríplice com os três mais votados. Depois é a vez do superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) com salário de R$ 22.133,26.
Estar a frente do Dnit significa administrar um orçamento milionário da União, sob a jurisdição do Ministério dos Transportes, das vias navegáveis, ferrovias e rodovias federais, instalações de vias de transbordo e de interface intermodal e instalações portuárias fluviais e lacustres.
Ao todo, são cerca de 40 cargos federais no Estado. Nesta lista de altos salários ainda estão: Reitor do IFMS (Instituto Federal ) - R$ 18.106,20 -; superintendente da Funasa – R$ 17.908,19 -; superintendente do Ministério da Agricultura, Pescaria e Abastecimento – R$ 17.518,13 -; superintendente da PRF (Polícia Rodoviária Federal) – R$ 14.335,63 -; superintendente do Ibama – R$ 11.577,49. Todos os valores da matéria foram baseados no Portal da Transparência do governo federal.
O deputado federal Zeca do PT é um dos parlamentares que vai pedir substituição nos cargos federais. Na avaliação do parlamentar, alguns contemplados não “respeitaram” a presidente Dilma Rousseff (PT) e fizeram campanha eleitoral contra a petista. Além disso, no Estado fizeram campanha a favor do tucano Reinaldo Azambuja.
As definições ainda não foram tomadas. Mas num passado próximo, cargos como o titular do Dnit gerou grande expectativa com a saída de Marcelo Miranda por corrupção e acabou sendo nomeado um funcionário de carreira, o Carlos Antônio Marcos Pascoal. Miranda tinha o apoio do PT.
Outra troca feita recentemente, foi no Ibama com a saída do deputado estadual Amarildo Cruz (PT) para assumir a cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. No lugar do petista foi indicado o servidor de carreira, Márcio Ferreira Yule.
O PT também perdeu espaço com a saída de Pedro Teruel da Funasa. O petista deixou a pasta para tentar eleição para deputado estadual. Não conseguiu eleição. Desde então a fundação é comandada por Aristides José Ortiz.