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Política

Partidos iniciam disputa por cargos federais e miram até mega fábrica

Ludyney Moura | 25/11/2014 17:54
Bancada federal, que em 2015 ainda terá Vander e Delcídio, vai desempenhar papel importante na escolha representantes da União no MS. Na foto eles discutem recursos com o ex-ministro do MDA, Afonso Florence (Foto: Divulgação)
Bancada federal, que em 2015 ainda terá Vander e Delcídio, vai desempenhar papel importante na escolha representantes da União no MS. Na foto eles discutem recursos com o ex-ministro do MDA, Afonso Florence (Foto: Divulgação)

As especulações sobre os ocupantes de cargos federais em Mato Grosso do Sul já colocaram inclusive o atual secretário estadual de obras, Edson Giroto (PR), deputado federal licenciado, à frente da superintendência regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que este ano teve um orçamento de aproximadamente R$ 300 milhões para administrar.

Um pouco mais próximo da realidade é a volta do ex-deputado Pedro Teruel (PT) à Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que nos dois últimos anos recebeu mais de R$ 50 milhões de recursos federais. À pasta, cabem ações de saneamento para prevenção e controle de doenças.

“Já fizeram contato comigo, indicando a preferência pelo meu nome, mas eu não decido nada sem consultar o senador Delcídio (do Amaral, PT). Se precisarem de mim estou à disposição”, revelou Teruel. Para o petista, formado em engenharia, direito e administração, a escolha, nos últimos anos, tem sido feita respeitando mais questões técnicas, que políticas.

Também com o aval de Delcídio, o deputado estadual eleito João Grandão (PT), era o delegado regional do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), até o início da campanha deste ano. O petista participou ativamente do processo de entrega, com recursos do PAC 2 (2ª etapa do Programa de Aceleração do Crescimento), da entrega de motoniveladoras, ao custo de R$ 560 mil cada, e retroescavadeira, custando cerca de R$ 200 mil, a praticamente todos os municípios sul-mato-grossenses.

“Essa é uma discussão que ainda não tem definição (a nomeação dos cargos). Depende da composição de ministérios. Evidentemente que por se tratarem de cargos federais, o Governo Federal terá participação, mas também vão ouvir a bancada federal e a estadual”, declarou Grandão.

Para o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), por ora tudo não passa de “especulação”. “Não tem nada ainda. Este governo ainda tem um mês para terminar. A presidente Dilma (Roussef, PT) ainda vai nomear os ministros, compor seu primeiro escalão para depois decidir com a bancada (as nomeações)”, disse Biffi, para que a escolha precisa obedecer critérios técnicos e políticos.

Além do Dnit, Funasa, MDA, diversas outras superintendências poderão ter novos nomes no começo de 2015, como a Funai, Incra, Ibama, Sesai, Conab. Outras, como SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), cujo ministério em Brasília permanece nas mãos do PDT, tem grandes chances de permanecer com o atual chefe, Anízio Tiago, indicado dos pedetistas.

A direção da maior fábrica de fertilizantes da América Latina, empreendimento no qual a Petrobras investiu mais de R$ 4 bilhões, também deverá ganhar uma indicação política em 2015.

O coordenador da bancada federal, deputado Vander Loubet (PT), foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas não retornou até o fechamento da matéria.

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