André Puccinelli assina com Dilma pacto contra a miséria e a pobreza
O governador André Puccinelli, ao lado dos colegas do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do Distrito Federal; Silval Barbosa, de Mato Grosso; e Marconi Perillo, de Goiás, participou no Palácio do Planalto da assinatura do termo de compromisso do plano Brasil sem Miséria. Dilma Rousseff concluiu seu discurso apresentando uma sínte das principais ações do programa de combate à pobreza.
No meio do discurso, a presidente Dilma citou o governador de Mato Grosso do Sul. “Como disse o governador André Puccinelli, o mais importante aqui é a assinatura desse pacto”, lembrando que o Centro Oeste é a região com menor índice de miséria e pobreza – cerca de 500 mil pessoas estão nessa condição – por ser uma fronteira agrícola, por isso, “acredito que nessa região teremos um desempenho mais efeito, capaz de atingir mais facilmente as metas. Sabemos como essa região é importante e de sua capacidade de dar impulso”, afirmou a presidente.
Ao fazer balanço dos seis meses do Brasil sem Miséria, a presidente Dilma disse que o Bolsa Família chegou a mais de 1 milhão de crianças e anunciou a padronização do cartão. Em todo o Brasil, há 16 milhões de pessoas vivendo na miséria ou extrema pobreza. Dilma lembrou que, no meio político, nas relações entre governo e oposição, é preciso ter capacidade de assinar acordos quando houver necessidade e brigar quando for preciso
O pacto com os governadores, segundo a presidente, “é um marco no desenvolvimento das relações com os Estados, na superação da miséria, por intermédio de ação sincronizada em vários órgãos do governo”.
Participam da cerimônia a maioria dos ministros, especialmente Tereza Campelo, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Gleisi Hofmmann, da Casa Civil. De Mato Grosso do Sul, além do governador André Puccinelli, assistem a cerimônia o senador Antonio russo (PR), o deputado federal Edson Giroto (PMDB-MS), empresários Adeilson Feliciano do Prado e Acelino de Souza Cristaldo, e lideranças indígenas e quilombolas.
Balanço - A luta pela erradicação da pobreza extrema será a mais obstinada do governo, disse a presidenta Dilma Rousseff. Segundo ela, concluída a parceria com os estados, o governo vai preparar agora a unificação dos cartões de transferência de renda para garantir a eficácia das políticas sociais.
“A erradicação da miséria entrou definitivamente na agenda nacional. Esse é o balanço mais positivo que podemos fazer hoje. Em 2012, vamos fazer muito mais. Para fazer cada uma dessas realizações, foi preciso botar o bloco na rua. E agora o bloco está na rua. Por isso, sabemos que nós conseguiremos fazer muito mais”, disse a presidenta.
Para Dilma Rousseff, com o Bolsa Família, o Brasil dá exemplo de como transferir renda de forma efetiva e eficaz.
“Esse é um programa de Estado. Governadores de partidos diferentes são capazes de conviver sob uma única bandeira. Eu acho que somente com essa união nós vamos de fato superar a extrema pobreza no Brasil. Sem ela, nós não conseguiremos.”
O Brasil sem Miséria superou, em seis meses, todas as suas metas, informou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. Segundo ela, desde junho, 407 mil famílias em situação de pobreza extrema foram localizadas pela busca ativa, o que representa 50% da meta de localizar 800 mil famílias até 2013. As famílias foram incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais, sendo que 325 mil já recebem o Bolsa Família.
“Essas 407 mil famílias não são mais uma estatística. Sabemos que a pobreza não é só uma questão de renda. Nosso compromisso é de inclusão nos serviços, nos direitos, no consumo e no acesso às oportunidades. A senhora, presidenta, conseguiu colocar no centro da agenda do seu governo a pobreza.”, disse a ministra Tereza Campello.
Ela acrescentou que, além do reajuste dos benefícios do Bolsa Família, 1,3 milhão de crianças e adolescentes foram incluídos no programa por meio da ampliação dos benefícios concedidos às famílias com filhos de até 15 anos. Outras ações do Brasil sem Miséria foram a instalação de 315 mil cisternas, a participação de 82 mil novos agricultores no Programa de Aquisição de Alimentos, e a criação de 61 mil vagas do Pronatec. E, em oito estados, 3,5 milhões de beneficiários estão recebendo uma complementação da renda do Bolsa Família.