Apenas 8 prefeitos de MS aderem a consórcio para comprar vacinas contra covid
Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apenas oito manifestaram intenção de integrar consórcio para compra de vacinas contra a covid-19, conforme a lista da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), responsável pela iniciativa. O prazo para terminar a fase de adesão vence no dia 5.
Depois, a intenção da federação é formalizar o organismo até 22 de março, para poder negociar com a indústria farmacêutica, a partir do volume de doses necessárias.
Como qualquer transação comercial, o entendimento é de que quanto maior for a demanda apresentada, mais chances de êxito.
No País, até a última atualização, eram 649 prefeituras, de um universo de 5,5 mil. As de Mato Grosso do Sul são Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Vicentina, Selvíria, Três Lagoas e Figueirão, esse último um dos menores e mais jovens municípios do Estado.
O prefeito da cidade de 3,2 mil habitantes, Juvenal Consolaro (PTB), afirma que decidiu apoiar a iniciativa como forma de ter alternativas para proteger a população da covid 19. “Aqui tivemos três óbitos, mas estamos cercados de cidades contaminadas”, cita.
Figueirão está com as aulas suspensas nas escolas e creches públicas até que a situação da pandemia esteja sob controle.
À frente diretamente da tarefa, o vice-prefeito João Roberto Mortari (PTB, que é enfermeiro, diz que em Figueirão a população a ser imunizada, no total, é em torno de 3 mil pessoas.
Segundo ele, depois de formalizado o consórcio, vai ser feita a cotação do custo da medicação preventiva e será apresentada minuta de lei para aprovação na Câmara de Vereadores do gasto.
Até o mês passado, havia uma dúvida sobre a permissão legal para estados e municípios fazerem esse tipo de compra, já que é o Ministério da Saúde quem conduz a política de vacinação no País.
Mas como o Supremo Tribunal Federal deu o aval, o sucesso da tentativa vai depender da articulação entre as prefeituras com as empresas fabricantes de vacina.
Posicionamento - A reportagem entrou em contato com o presidente da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para saber se existe alguma mobilização em torna da ação conjunta de prefeituras Valdir do Couto, prefeito de Nioaque, informou que havia acabado de sair de videoconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, e o compromisso feito foi de cumprir o cronograma de vacinação.
Para o político, dessa forma, com a União bancando a campanha nacional, "não há como prefeituras comprarem doses de imunizante."