Após décadas de espera, famílias recebem titulação nas Moreninhas
Governador esteve no bairro para fazer entrega pessoalmente
Trezentas e quarenta e uma famílias vão dormir embaixo de seu próprio teto a partir de hoje nas Moreninhas. Isso porque o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), entregou a titulação deste total de casas a antigos moradores do bairro na tarde desta quinta-feira (8).
“São pessoas que estão aqui desde a época em que Lúdio Coelho era prefeito. Muitas não têm escritura e matricula dos imóveis”, explicou o tucano que até dezembro pretende chegar ao número de 1.250 títulos somente naquela região de Campo Grande. “Agora eles podem fazer o que quiserem com os imóveis, podem vender, arrendar, são proprietários”, completou.
Até agora em todo o estado foram 8.500 escrituras entregues a famílias de 53 municípios. Segundo a secretária da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul), Maria do Carmo Avesani Lopez, o título traz segurança e cidadania.
“Estas famílias não conseguiriam custear porque custa de R$ 10 mil a R$ 15 mil e a maioria delas ganha um salário mínimo. Agora de donos do espaço, passam a ser donos de direito”, disse. Agora a emissão da certidão fica a cargo da Prefeitura que deve liberar até o final desta semana. Em dois meses outras 370 matriculas serão disponibilizadas.
Conquista – Quem acredita sempre alcança. A frase pode até parecer batida, mas se alguém pode personificá-la hoje é a aposentada Raimunda Emílio Teixeira que aos 86 anos conseguiu a regularização fundiária da casa em que reside há mais de 40 anos.
“Agora eu posso falar que tenho uma casa. Não tinha condições de pagar e estou muito feliz. (A casa) vai ficar de herança para os meus nove filhos”, contou. Já o eletricista José Vanderlei, 58 anos, está há 30 anos nas Moreninhas e não sabia da existência do processo para titulação dos imóveis.
“Vou atrás do que precisa”, contou ele que mora em uma casa que herdou do pai. A auxiliar de serviços gerais Isaura Pereira, 58 anos, comprou a casa que mora há 29 anos, mas não tinha em mãos a escritura por falta de dinheiro para pagar os trâmites.
Agora com, titular do próprio imóvel, ela comemora, “só não dou um pulo porque minha coluna não está boa”, brinca.
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