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Política

Após reunião, novo contrato da Santa Casa fica para próxima semana

Encontro entre representantes do Governo, Prefeitura de Campo Grande e diretoria do hospital deve por fim a "ladainha" que ocorre todos os meses

Richelieu de Carlo | 10/08/2017 13:21
Esacheu Nascimento em reunião com vereadores na Câmara. (Foto: Richelieu de Carlo)
Esacheu Nascimento em reunião com vereadores na Câmara. (Foto: Richelieu de Carlo)

O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, esteve na Câmara Municipal de Campo Grande em reunião com o presidente da Casa, vereador João Rocha (PSDB), e membros da Comissão de Saúde para apresentar a atual situação da instituição. Entretanto, definições sobre um novo contrato devem sair apenas em novo encontro na próxima semana.

Esacheu voltou a afirmar a necessidade de contrato para por fim aos impasses recorrentes entre a diretoria do hospital e a Prefeitura de Campo Grande. "Todos os meses é essa ladainha. Precisamos de um contratualização de 12 meses para por fim a isso", defendeu.

Nesta terça-feira (9), a Prefeitura da Capital prorrogou por mais três meses o convênio com a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade mantenedora da Santa Casa. O novo aditivo é válido de 1º de Julho a 30 de Setembro de 2017.

O convênio entre o hospital e município foi assinado em 8 de dezembro de 2015, com validade até o fim de 2016. Neste ano, a parceria é mantida através de aditivos e, este período, tem sido marcado por divergências entre poder público e a direção da unidade de saúde.

São três pontos que emperram a assinatura de um novo contrato, segundo o presidente da Santa Casa. A necessidade de R$ 3 milhões a mais de repasses de verbas públicas para cobrir deficit nas contas, pagamento dessas verbas atá o 5º dia útil de cada mês e a regularização de um débito de R$ 500 mil referente a novembro de 2015 que não foi pago.

Conforme o gestor do hospital, a instituição tem gastos mensais somente com folha e encargos sociais de R$ 14 milhões, e que sempre dá prioridade a quitar os salários. Como o repasse é feito até o dia 10 de cada mês, o atraso nas remunerações dos trabalhadores tem sido frequente.

Foi o que aconteceu no início deste mês de agosto, que teve como consequência a paralisação dos funcionários da enfermagem da Santa Casa, com 30% da escala sendo mantida. Com isso, o Ministério Público do Trabalho pediu à Justiça o bloqueio de verbas da Santa Casa.

Após o encontro, o vereador João Rocha disse que tem buscado o diálogo para as partes chegarem a um entendimento e um novo contrato seja celebrado. E disse que vai participar da reunião entre Santa Casa, governo estadual e Prefeitura de Campo Grande, que será marcada na semana que vem. A intenção é fechar um novo contrato com o hospital.

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