Assembleia tem bancadas ruralista, evangélica e defensora dos servidores
Grupos ainda se concentram em outras áreas, como os idosos, causa indigenista, defesa das mulheres e meio ambiente
Com 24 deputados estaduais, a Assembleia Legislativa tem bancadas fortes em diferentes áreas, como no setor ruralista, com maior número de parlamentares, assim como aqueles que fazem a defesa dos servidores e determinadas categorias. Também aparecem os evangélicos, os que brigam pela causa dos idosos, mulheres, meio ambiente e mulheres.
A maior representação segue sendo a bancada ruralista e de defesa do setor produtivo que conta com a participação ativa dos deputados Zé Teixeira (DEM), Mara Caseiro (PSDB), Onevan de Matos (PSDB), Junior Mochi (PMDB), Paulo Corrêa (PR), Márcio Fernandes (PMDB), Flávio Kayatt (PSDB) e Eduardo Rocha (PMDB).
Teixeira e Caseiro fazem a principal defesa das pautas ruralistas, nos debates e discursos na Assembleia, enquanto que Corrêa e Eduardo Rocha se concentram mais no setor produtivo e industrial. Já nas votações que interferem direto no setor, os produtores conseguem ter o apoio da maioria do parlamento.
Outro segmento atuante é dos deputados que fazem a defesa de categorias e servidores estaduais. Neste grupo aparecem Cabo Almi (PT) e Coronel David (PSC) aos funcionários da segurança, enquanto que Paulo Siufi (PMDB) e Rinaldo Modesto (PSDB), nos setores de saúde e educação, assim como Maurício Picarelli (PSDB) e Amarildo Cruz (PT).
"Tenho este trabalho junto aos servidores desde a época de vereador, pois entendo que valorizar os funcionários melhora o trabalho entregue pelo Governo. Também defendo o diálogo, para evitar greves e manifestações", acrescentou Siufi, que inclusive faz parte da comissão que discute reajuste salarial, com o executivo estadual.
Contraponto - Para fazer um contraponto com a ala ruralista, a bancada do PT, com atuação mais forte de Pedro Kemp (PT) e João Grandão (PT), faz a defesa da questão indígena. "Somos minorias, mas travamos o debate com firmeza, para deixar as questões mais equilibradas", disse Kemp, que reconhece que o principal embate ocorreu durante a CPI do Cimi.
Nesta nova legislatura alguns deputados preferiram focar em temas específicos, como na luta pelos direitos dos idosos, onde foi montada uma frente parlamentar sobre o assunto. Com atuação mais efetiva aparecem Renato Câmara (PMDB) e Antonieta Amorim (PMDB). "As leis não são cumpridas, por isso assumimos esta defesa para projetos e políticas a terceira idade", disse Renato.
Antonieta ainda ressalta a luta para criação de um fundo estadual ao idoso, para financiar projetos e atividades a este público. "Existe esta necessidade cada vez maior, estamos trabalhando para conquistar avanços, antes este público tinha leis que protegem seus direitos, mas na prática é pouco feito pelo poder público".
Família - Alguns (parlamentares) preferiram fixar na "defesa da família", tendo como semelhança fazer parte da bancada evangélica. Entre eles estão Lídio Lopes (PEN) e Herculano Borges (SD). "Estes valores precisam de representantes, até para avaliar a legislação, temos um olhar atento a propostas que podem prejudicar as famílias e crianças", pontuou Borges.
Outro segmento que ganhou força foi a defesa das mulheres, com a atuação das deputadas Antonieta Amorim, Mara Caseiro e Grazielle Machado (PR). Já Beto Pereira (PSDB) tem como prioridade os assuntos voltados ao meio ambiente, enquanto que Felipe Orro (PSDB) e George Takimoto (PDT) sobre projetos específicos para suas bases eleitorais.
Blocos - Apesar desta divisão das bancadas, na hora da votação política, eles possuem dois blocos liderados por PSDB e PMDB, além dos deputados do PT. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) dispõe de uma base aliada de 19 integrantes, com quatro da oposição (bancada do PT) e um independente, no caso Paulo Siufi.