Azambuja adota cautela ao falar sobre prisão de ex-governador de MS
André Puccinelli foi preso preventivamente pela Polícia Federal
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) adotou cautela, nesta terça-feira (14), ao comentar a prisão preventiva de seu antecessor, André Puccinelli (PMDB), durante operação da Polícia Federal, em Campo Grande. Esta é a quinta fase da Lama Asfáltica.
“Nunca deve-se se condenar alguém antes do processo transitado em julgado. É necessário esperar a apuração e a Lama não começou hoje. Se houve desvio de recursos públicos, estes precisam voltar aos cofres. Se houve delação tem que ter provas e documentos”, disse Azambuja, logo depois de evento na AEM-MS (Agência Estadual de Metrologia).
Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos. A 5ª fase da Lama Asfáltica é resultado de delação premiada de Ivanildo da Cunha Miranda, empresário e pecuarista operador do esquema de propina.
Não é a primeira vez que André é alvo desta operação. Na fase passada, a Justiça determinou a colocação de uma tornozeleira eletrônica. Puccinelli foi governador por duas vezes (2007 a 2014) e tinha planos de se candidatar novamente em 2018.
No sábado (18), o PMDB faria convenção estadual que elegeria o ex-governador como presidente do partido.
Operação – Policiais federais chegaram por volta das 6h à casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). Ele e o filho, André Puccinelli Júnior, conforme a PF, foram presos preventivamente.
Conforme a Polícia Federal, a operação teve como alvo uma organização criminosa que teria causado R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos.
Ainda segundo a corporação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, seis de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
As medidas foram cumpridas em Campo Grande, Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e servidores da Receita Federal.