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Política

Bancada de MS tem 5 a favor do impeachment de Dilma e três contra

Leonardo Rocha | 10/12/2015 09:54
Carlos Marun faz parte da chapa de oposição, e defende o impeachment (Foto: Divulgação)
Carlos Marun faz parte da chapa de oposição, e defende o impeachment (Foto: Divulgação)
Zeca do PT diz que processo é um golpe contra presidente (Foto: Divulgação)
Zeca do PT diz que processo é um golpe contra presidente (Foto: Divulgação)

A bancada federal de Mato Grosso do Sul, na Câmara dos Deputados, tem neste momento cinco votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e três contra. Eles esperam a definição do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre como serão as regras do processo, após todo o impasse que gerou em relação as chapas para formação da comissão especial.

Entre os deputados que são a favor do impeachment estão Tereza Cristina Corrêa Dias (PSB), Elizeu Dionísio (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Geraldo Resende (PMDB) e Carlos Marun (PMDB). Já os que são contra este processo, e ainda argumentam que a denúncia não tem sustentação, aparecem Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT).

A deputada Tereza Cristina avalia que neste momento o impeachment contra a presidente é necessário, até para que o país volte a ter credibilidade e possa mandar uma boa notícia ao mercado, para que em breve saia da crise econômica. "Faço parte do grupo pró-impeachment com responsabilidade, agora temos que aguardar o Supremo para definir as regras".

Já Geraldo Resende (PMDB) ponderou que há muito tempo vota com a oposição e sequer apoiou a chapa da presidente Dilma (Rousseff) em 2014. "Acho que a saída dela é a melhor solução, tudo sinaliza para isto, a expectativa é de superar esta etapa da política brasileira, para seguirmos em frente".

O peemedebista ainda lembrou que está como suplente na chapa formada pela oposição, para indicar membros na comissão especial, que vai avaliar a abertura de processo contra a presidente. "Há muito tempo sou dissidente desta ala do PMDB que apoia o governo federal".

Carlos Marun (PMDB), que integra a chapa de oposição, disse que inclusive não foi escolhido por seu antigo líder do PMDB, justamente porque sempre teve posições pró-impeachment, acreditando que esta seja a melhor alternativa no Brasil.

Para Luiz Henrique Mandetta (DEM) os motivos são suficientes para a saída da presidente e que Eduardo Cunha (PMDB- RJ) até demorou para aceitar a denúncia, que foi embasada por juristas renomados e respeitados no país. Elizeu Dionísio (PSDB) também aderiu a campanha pró-impeachment, tanto que comemorou a vitória da chapa de oposição no Congresso, no primeiro embate com a ala governista.

Contra - Os deputados que são contra o processo de impeachment, destacam que além da denúncia não ter sustentação para saída de uma presidente, ainda foi aceita em uma ação de "chantagem" do presidente da Câmara dos Deputados, que tenta se manter no cargo.

Zeca do PT ressaltou que se trata de um "golpe" que está sendo arquitetado por aqueles que não aceitaram os resultados das eleições de 2014, assim como o fato do PT não ter se curvado a "chantagem" de Cunha, para que os deputados o apoiassem na comissão de ética.

Dagoberto Nogueira (PDT) também ponderou que a denúncia contra a presidente, seus antecessores também realizaram no passado e que o processo "não tem força" jurídica para se sustentar, sendo apenas um ato político, aceito por quem está desmoralizado no cargo de presidente da Câmara.

A assessoria do deputado Vander Loubet (PT) apenas confirmou que o parlamentar está empenhado junto com todo o partido contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Dagoberto avalia que denúncia não tem sustentação, para retirada da presidente (Foto: Divulgação)
Dagoberto avalia que denúncia não tem sustentação, para retirada da presidente (Foto: Divulgação)
Elizeu Dionísio a favor do impeachment, comemorou vitória da chapa de oposição (Foto: Reprodução Facebook)
Elizeu Dionísio a favor do impeachment, comemorou vitória da chapa de oposição (Foto: Reprodução Facebook)
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