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Política

Bernal rejeita apelo e diz que vice deve cuidar de ações do governo

Os dois participavam de evento nesta manhã em creche da Capital

Mayara Bueno e Antonio Marques | 19/02/2016 12:07
Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. (Foto: Fernando Antunes)
Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. (Foto: Fernando Antunes)

“Ela tem que se concentrar nas ações do governo”, respondeu o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), quando questionado sobre a fala da vice-governadora do Estado, Rose Modesto (PSDB), em relação às exonerações de diretores de unidades da Reme (Rede Municipal de Educação).

Nesta sexta-feira (19), durante evento no Ceinf (Centro Educacional Infantil) José Eduardo Martins Jallad, Rose pediu, em discurso no palco da solenidade, que Bernal reavaliasse a exoneração de 47 diretores de escolas e creches da Capital. Antes, ela declarou que faltou ética e respeito aos profissionais que foram exonerados.

Para Alcides Bernal, da mesma forma que ele não vai interferir na gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), ele “espera que a recíproca seja verdadeira”. “A Rose tem que se concentrar nas ações do governo do Estado. Ela deu a opinião dela, ouço com carinho, mas não concordo”, disse.

Sobre as exonerações, o prefeito disse que houve, antes das demissões, um trabalho técnico e reunião com os diretores. Segundo ele, a determinação foi necessária para "oxigenar e dar oportunidades para novos talentos”. Não descartou novas demissões também.

Apelo - Durante o seu discurso, a vice-governadora voltou a falar sobre o tema, fazendo um apelo pessoal ao prefeito, para que reavaliasse a decisão. "Não quero questionar a sua autonomia, mas faço um pedido pessoal, para que reveja as demissões, muitos diretores estavam há mais de 20 anos".

Rose ponderou que se houver ilegalidades, as profissionais poderiam ser demitidas, mas que não acreditava que este tinha sido o motivo. "Não quero questionar o mérito da decisão, mas faço este pedido", descreveu ela, sendo aplaudida por quem acompanhava a agenda.

Bernal já tinha declarado que as demissões não se tratou de uma retaliação política, apenas uma forma de colocar pessoas mais capacitadas no cargo, com o intuito de melhorar a qualidade do ensino nas escolas e Ceinfs.

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