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Política

Briga interna por vaga ao Senado é "esquenta" da campanha, diz Reinaldo

Para governador, partido é maduro e disputa entre lideranças é saudável

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 14/03/2018 11:57
Governador durante lançamento da programação da Festa da Linguiça de Maracaju nesta quarta-feira (Foto: Leonardo Rocha)
Governador durante lançamento da programação da Festa da Linguiça de Maracaju nesta quarta-feira (Foto: Leonardo Rocha)

Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a disputa interna entre dirigentes do partido para definir quem vai ser o candidato ao Senado na chapa que lançará o chefe do Executivo candidato à reeleição é saudável. “Os dirigentes todos tem responsabilidade e eu não tenho dúvida que esta disputa interna é até salutar para aquecer o ambiente político dentro do partido”, afirmou em agenda pública na manhã desta quarta-feira (14).

Dentre os tucanos, têm a intenção de entrarem na disputa por uma da vagas de senador – Mato Grosso do Sul preencherá duas cadeiras –, o deputado federal Geraldo Resende e os secretários de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e de Governo, Eduardo Riedel.

O PSDB entretanto ensaia aproximação com o PTB, de Nelsinho Trad, que tem intenção de entrar no pleito como candidato a senador.

Atritos - Geraldo Resende ameaça deixar a legenda se o partido se unir ao ex-prefeito de Dourados Murilo Zauith (PSB) em eventual composição para apoiar a candidatura do governador Reinaldo Azambuja à reeleição.

Ele também não escondeu a irritação com a possibilidade do PSDB se unir ao PTB e dar uma das vagas de candidato ao Senado para NelsinhoAo Campo Grande News, nesta terça-feira (13), o parlamentar defendeu que o partido defina “regras claras” para escolha dos nomes.

No encontro regional de sábado (10) em Ivinhema, Reinaldo citou apenas os nomes de Miglioli e de Nelsinho.

“O partido precisa tratar essa questão com transparência e respeito aos pré-candidatos. Não é sensato que cada dia surja um nome novo para a vaga sem que aqueles que estão na legenda, como meu próprio nome, do secretário Marcelo Miglioli e do secretário Eduardo Riedel, sejam ouvidos pela direção estadual”, cutucou Geraldo sobre o ex-prefeito de Campo Grande.

Palavra do chefe – Reinaldo diz acreditar que as lideranças do partido são maduras para tomar a decisão certa. “A eleição é um conjunto, das chapas majoritárias, proporcional e aliados. Faremos as escolhas com transparência. Sempre confiei na inteligência e na sabedoria dos dirigentes do PSDB para no momento certo quebrar a resistência de alguns para que não haja conflito”.

O governador fez um paralelo com a disputa no PSDB para definir quem seria o candidato à presidência. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e Arthur Virgílio, prefeito de Manaus (AM), expuseram a intenção de encabeçar a chapa tucana nas eleições 2018, mas o último recuou. “O Arthur retirou a candidatura pois entendeu que o momento era do Alckmin. Acredito que vai ocorrer o mesmo em Mato Grosso do Sul, pois não existem tantas vagas para tantos pretendentes”.

Coligações – Reinaldo também deixou claro que vê com bons olhos a aproximação de outros partidos – além do PSB e do PTB, o PR por exemplo – meses antes das convenções partidárias, definição da coligações registro de chapas.

“Existem possibilidades deles seguirem conosco, muitos partidos e prefeitos foram até o evento porque simpatizam com a nossa gestão, mas essas decisões de coligação vão ocorrer em julho e agosto. Não temos que ter pressa. Os aliados e partidos vão se movimentar e eu não tenho dúvida que o PSDB vai construir um grupo sintonizado com o nosso trabalho”, afirmou sobre a presença de Nelsinho e integrantes do Partido da República no encontro tucano do sábado.

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