Bumlai e Baiano se contradizem em acareação na Polícia Federal
O lobista Fernando Baiano e o pecuarista José Carlos Bumlai mantiveram suas versões em depoimento durante acareação realizada nesta quinta-feira (14), na sede Polícia Federal, em Curitiba (PR), para esclarecer o suposto repasse de R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, em uma suposta reunião entre os investigados.
Em depoimento à Polícia Federal, José Carlos Bumlai negou ter promovido uma aproximação entre Palocci e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, quem supostamente entregou o dinheiro na reunião. O lobista Fernando Baiano, no entanto, diz que foi o pecuarista quem fez a intermediação.
Baiano preferiu não falar com a imprensa. Seu advogado, Sérgio Riera, afirmou que existiu a reunião entre Palocci e Baiano, mas disse não saber se houve um pagamento, pois não teria sido feito pelo lobista.
Fernando Baiano alega que o valor seria para o pagamento de dívidas da nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não tenho nada a declarar”, disse ao chegar na PF. Já Bumlai nega que tenha pago qualquer dívida de familiares do ex-presidente.
Lula também negou envolvimento em transações financeiras com Bumlai e Baiano. Bumlai foi detido na 21ª fase da operação e é acusado de ter ajudado uma empresa do Grupo Schain a fechar um negócio bilionário com a Petrobras, para o aluguel de navios-sonda.
Em troca, o grupo emprestou R$ 12 milhões de reais ao empresário, que nunca foram pagos, segundo o Ministério Público Federal. O valor da propina teria sido repassado ao Partido dos Trabalhadores (PT).