Câmara de Dourados mantém processo para cassar Marcelo Barros
Em reunião na manhã desta quinta-feira, na Câmara Municipal, a comissão processante decidiu manter o processo contra o vereador afastado Marcelo Barros (DEM).
Após a entrega das defesas, ele foi o primeiro dois oito parlamentares afastados investigado a ter o processo de cassação de mandato mantido no legislativo municipal.
Barros foi um dos 9 vereadores presos durante a operação Uragano, realizada pela PF (Polícia Federal) em setembro do ano passado. De acordo com o vereador Walter Hora, os três integrantes da comissão analisaram a defesa apresentada pelo parlamentar afastado e acompanharam o voto do relator Laudir Munaretto (PMDB).
Hora preside a comissão, que tem Albino Mendes (PR) como membro. As quatro testemunhas de defesa de Marcelo Barros serão ouvidas na próxima quinta-feira, a partir das 9h. Walter Hora não revelou o nome dos depoentes, mas informa que dois também foram indiciados pela Operação Uragano.
Após receber a defesa, a comissão processante tem dois caminhos: prosseguir com a denúncia e ouvir testemunhas ou pedir o arquivamento. No caso da última situação, a decisão deve ser votada em plenário.
Também são investigados pela Câmara os vereadores afastados Humberto Teixeira Júnior, José Carlos Cimatti Pereira, Marcelo Hall, Aurélio Bonatto, José Carlos de Souza, Júlio Artuzi e Paulo Henrique Bambu. Todos recebem salários. Então presidente da Câmara, Sidlei Alves foi o único a renunciar ao cargo eletivo.
Gravações revelaram que os vereadores recebiam comissão de empreiteiras. A título de “mesada”, os então vereadores recebiam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.