Capital tem meio milhão no Orçamento para criação do Vale dos Orixás
A Câmara de Campo Grande aprovou e agora só falta a sanção do prefeito Alcides Bernal (PP) para que esteja contemplado no Orçamento do Município para este ano a criação do Vale dos Orixás. O valor aprovado para construção do Vale dos Orixás de R$ 500.000,00 deve ser publicado no Diogrande juntamente com Orçamento para 2014 ainda em janeiro.
O projeto Vale dos Orixás foi aprovado no final do ano passado, a pedido da Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul (Fecams), com o intuito de criar um espaço democrático as praticas dos cultos afro-brasileiros e ameríndios em Campo Grande. A proposta foi assinada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS).
“Todas as formas de religiosidade engrandecem o homem porque são baseadas no amor de Deus. Campo Grande necessita deste espaço para que algumas religiões possam apresentar suas manifestações de fé e por outro lado, este projeto fortalece a cidade culturalmente e pode se transformar em um espaço para o turismo”, afirmou Luiza Ribeiro.
O presidente da Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul (Fecams), Iraci Barbosa dos Santos, mais conhecido como Irbs, disse que o Vale dos Orixás será um lugar sagrado, inclusive com os praticantes de cultos afros e ameríndios podendo levar oferendas de maneira correta, preservando meio ambiente e com liberdade.
“Os praticantes poderão ir a um lugar adequado para fazerem suas oferendas sem incomodar as pessoas de outras religiões. No candomblé, por exemplo, são feitas oferendas com comidas em lugar aberto o que causa constrangimento aos não praticantes e neste projeto buscamos o respeito, a harmonia com a população com a natureza”, frisou Irbs.
Ao propor o projeto que cria o Vale dos Orixás em Campo Grande, a Fecams se inspirou no Santuário Nacional da Umbanda, localizado no interior de São Paulo, que atrair milhares de turistas anualmente.
Luiza Ribeiro destacou a importância do sincretismo religioso no País e sua dimensão cultural. “O candomblé e a umbanda são manifestações ricas em rituais e festas e neste projeto haverá um espaço para eventos atraindo assim uma diversidade de pessoas. Na umbanda, por exemplo, existe um sincretismo com os Santos Católicos e aqui em Campo Grande eles já presta homenagens à Santo Antonio, padroeiros da cidade, e com este espaço poderão fazer uma festa muito mais linda e mais expressiva culturalmente”, disse.
No ano passado, pela primeira vez, a Fecams realizou um culto na Câmara de Campo Grande, que cede o espaço, ao fim da manhã de cada segunda-feira, para celebrações religiosas.